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Imunopatologia comparativa da infecção por Morbillivirus nos cetáceos: estudos histológico, imuno-histoquímico e molecular

Processo: 18/01876-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de abril de 2018
Vigência (Término): 05 de maio de 2018
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Patologia Animal
Pesquisador responsável:Jose Luiz Catao Dias
Beneficiário:Josué Díaz Delgado
Supervisor: Sandro Mazzariol
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Università degli Studi di Padova, Itália  
Vinculado à bolsa:17/02223-8 - Imunopatologia comparativa da infecção por Morbillivirus nos cetáceos: estudos histológico, imuno-histoquímico e molecular, BP.PD
Assunto(s):Patologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cetacean Morbillivirus | dolphin | pathology | Patologia de Mamíferos Marinhos

Resumo

O morbilívirus dos cetáceos (CeMV; gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae) tem causado vários surtos de doença letal em odontocetos e misticetos em todo o mundo. Três variantes de CeMV encontram-se relativamente bem caracterizadas: morbilivírus das porpoises, morbilivírus dos golfinhos, e morbilivírus das baleias-piloto (hemisfério norte). Três novas variantes foram recentemente detectadas, uma delas no Brasil, sendo considerada a primeira descrição na América do Sul. Estudos sugerem a ocorrência de diferenças espécie-específicas na suscetibilidade dos cetáceos à infecção pelo CeMV, estando os golfinhos-nariz-de garrafa (Tursiops truncatus) e os golfinhos-listrados (Stenella coeruleoalba) entre os mais suscetíveis, com históricos de epizootias fatais. O CeMV pode causar doença respiratória grave, depleção linfocitária e alterações neurológicas em espécies sensíveis, levando a encalhes e morte. Existem quatro principais apresentações patológicas associadas ao CeMV reconhecidas atualmente, com semelhanças com sarampo (MeV) e cinomose (CDV), as principais doenças morbilivirais em humanos e cães, respectivamente. Além disso, estudos têm demonstrado que o desequilíbrio das citocinas nas respostas imunitárias dos tipos TH1 e TH2 desempenham um papel importante na suscetibilidade à infecção e progressão da doença nos indivíduos infectados por MeV e CDV. Não há estudos anteriores acerca dos aspectos imunopatogênicos locais em tecidos com alterações patológicas associadas à infecção por CeMV, exceto estudos pontuais utilizando sangue periférico. A presente proposta de investigação irá empregar tecidos com maior significado patogênico (encéfalo, pulmão e linfonodos) arquivados, fixados em formol e embebidos em parafina, assim como congelados, de golfinhos-nariz-de-garrafa e golfinhos-listrados (provenientes do Mar Mediterrâneo, Itália), e cetáceos encalhados na costa brasileira (sudoeste Atlântico), positivos ao CeMV mediante análise por RT-PCR. Será utilizado um conjunto de marcadores linfocitários, histiocitários e outros marcadores adicionais para caracterizar as respostas imunitárias locais. Além disso, a expressão de citocinas TH1 e TH2 será avaliada por meio de RT-qPCR/PCR. Acreditamos que os propostos estudos histopatológicos, imuno-histoquímicos e moleculares concomitantes poderão contribuir significativamente para a compreensão dos mecanismos imunopatogênicos das alterações patológicas associadas à CeMV, uma doença com distribuição mundial e grande significado para a conservação dos cetáceos.

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