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Mito e história, culpa e dívida: um estudo comparativo da filosofia da história de Paul Ricoeur e Walter Benjamin

Processo: 17/22463-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 01 de fevereiro de 2018
Vigência (Término): 31 de julho de 2018
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Jeanne Marie Gagnebin de Bons
Beneficiário:Jeanne Marie Gagnebin de Bons
Pesquisador Anfitrião: Marc Boss
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Fonds Ricoeur, França  
Assunto(s):Hermenêutica   Teoria crítica   Culpa   Dívida   História
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:culpa | dívida | História | transmissão | hermenêutica e teoria crítica

Resumo

Essa pesquisa parte de uma constatação elaborada em diversos textos e cursos dos últimos anos: a saber, a enunciação bastante semelhante, no que diz respeito à relação ao passado, da historiografia de Walter Benjamin e de Paul Ricoeur. As maiores similitudes são ligadas à exigência, comum a ambos, de um lembrar ativo dos mortos e dos "vencidos", lembrar que pode ser descrito, nas palavras de Michel de Certeau, como a tarefa de "enterrar os mortos", um "ritual de sepultamento". Neste ponto, os textos principais são as famosas teses "Sobre o conceito de história" de W. Benjamin e o livro de Paul Ricoeur, La mémoire, l'histoire, l'oubli (2000). No entanto, ambos os filósofos divergem quando se trata da relação do presente à tradição (Ricoeur) ou à transmissão (Benjamin) do passado. Aqui se manifestam não só as diferentes filiações filosóficas de ambos os pensadores, mas também, e isso é a questão mais precisa de nossa pesquisa, uma incompatibilidade profunda. Se Benjamin advoga um outro tipo de escrita da história, descontínua e crítica, porque a história dominante, em termos próximos de Marx, é a história da dominação, Ricoeur, por sua vez, reconhece uma continuidade positiva que nos liga e obriga em relação ao passado. Hipótese dessa pesquisa é que ambos os filósofos têm uma relação diametralmente oposta ao conceito, de origem nietzschiana, de Schuld, simultaneamente culpa e dívida. O foco mais preciso da pesquisa consiste, então, em explicitar a relação de ambos ao conceito de Schuld, isto é, também a Nietzsche, e tentar apontar para as consequências filosóficas (e políticas) dessa divergência. (AU)

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