Estudo de um novo detector natural para aplicações na área de saúde e indústria

Resumo

Alexandrita é um mineral da variedade crisoberilo que contém cromo em sua estrutura, possuindo a seguinte composição química: BeAl2O4:Cr3+. O Brasil é considerado atualmente o maior produtor mundial de alexandrita; porém, ainda é uma gema pouco conhecida quanto as suas propriedades físicas. Esse material tem sido importante tecnologicamente como laser em aplicações médicas, principalmente na área de dermatologia e tratamento de câncer, com propriedades superiores aos seus principais concorrentes, lasers de rubi e Nd:YAG. O objetivo da pesquisa é investigar os efeitos de radiação ionizante (raios X, beta e gama) e da luz UV em alexandrita utilizando técnicas de Termoluminescência (TL) e Luminescência Opticamente Estimulada (OSL). Estudos preliminares mostram que alexandrita exibe picos TL de baixa intensidade em 110, 160 e 280C e um pico dominante em 350C. Resultados inéditos que obtivemos de OSL mostram um sinal intenso mesmo com doses baixas de radiação. Acredita-se que as impurezas, principalmente o Cr3+ e Fe3+, têm um papel importante nessas características. É proposta caracterizações como TL e OSL, além de outras caracterizações que forem necessárias, procurando também investigar aplicabilidade desses materiais em dosimetria e uma futura patente. A pesquisa será realizada no Departamento de Ciência e Engenharia dos Materiais da Universidade de Clemson, EUA. (AU)