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Ser índio entre o sertão e a metrópole: estudo sobre território e população, cosmopolítica e mobilidade Pankararu

Processo: 17/13731-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 02 de fevereiro de 2018
Vigência (Término): 01 de setembro de 2018
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
Pesquisador responsável:José Maurício Paiva Andion Arruti
Beneficiário:José Maurício Paiva Andion Arruti
Pesquisador Anfitrião: Jonathan W. Warren
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Local de pesquisa: University of Washington, Estados Unidos  
Vinculado ao auxílio:14/04850-1 - Observatório das migrações em São Paulo: migrações internas e internacionais contemporâneas no estado de São Paulo, AP.TEM
Assunto(s):Parentesco   Povos indígenas   Xamanismo   Território   Migração humana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:memória | migração | Parentesco | Política | território | xamanismo | Índios e Cidades

Resumo

Este projeto tem como objetivo geral aprofundar o conhecimento nas áreas da Etnologia e da História Indígena e do Indigenismo por meio do parceria com CBS - Center for Brazilian Studies e o LACS - Latin America and Caribbean Studies, ambos da University of Washington (UW Seattle). Nosso objetivo específico é consolidar hipóteses e avançar na investigação teórica sobre o fenômeno, de importância continental, da migração ou mobilidade indígena para as grandes cidades e as transformações cosmológicas, organizacionais e identitárias nele implicadas. Este tema é matéria de interesse crescente na antropologia produzida nos EUA e na América Latina, principalmente a partir do ano 2000, mas ainda se encontra pouco desenvolvido no Brasil, apesar dos primeiro estudos sobre o tema no Brasil serem da década de 1960 (com Roberto Cardoso de Oliveira) e dos dados censitários das últimas três décadas revelarem que uma proporção muito significativa (40%) das pessoas autodeclaradas indígena no país habitam áreas urbanas - a maior parte delas situadas na região Sudeste (onde representam 80% da população indígena).Tendo como ponto de partida um projeto individual (Povos Indígenas na Metrópole - Indianidade, Urbanidade e Reflexividade Cultural - Edital Universal do CNPq, 2012-2017) e a colaboração em um projeto coletivo (Observatório das Migrações em São Paulo: Migrações Internas e Internacionais Contemporâneas - Projeto Temático FAPESP, 2014-2018), a reflexão que vem sendo desenvolvida situa-se em uma área de liminaridade da disciplina antropológica - na qual a etnologia indígena se encontra com a antropologia urbana e a etnografia se encontra com a demografia - para dar conta de uma situação igualmente liminar: a mobilidade indígena entre sertão e grande metrópole. O recorte empírico deste largo campo etnográfico inclui os territórios, populações e fluxos de objetos e de pessoas humanas e não humanas compreendidos, de um lado, pelas Terras Indígenas ocupadas pelo Tronco Velho e pelas Pontas de Rama Pankararu nos sertões de Pernambuco, Alagoas e Bahia e, de outro lado, pelos bairros populares da Região Metropolitana de São Paulo. No desenvolvimento desses projetos mobilizamos uma metodologia mista, baseada na interdiciplinaridade com a História e a Demografia, articulando etnografia, história de vida/de famílias, assim como a realização de um survey com universitários indígenas e um censo demográfico participativo. O campo de problemas teóricos abordados por meio desses projetos gravita em torno de três eixos: (a) A cosmopolítica pankararu, ou do que começamos a chamar de macro-pankararu; (b) A mobilidade sertaneja-metropolitana e seus efeitos transformativos sobre o campo ritual, com foco nas práticas xamânicas e na performance do Toré; (c) Os mecanismos de reprodução e reinvenção da condição indígena em contexto urbano. (AU)

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