A influência do nível de atividade física no curso clínico da dor lombar aguda

Resumo

A dor lombar não específica, definida quando não é possível identificar uma causa anatomopatológica, é a forma mais comum da dor lombar. A dor lombar não específica pode ser definida como dor aguda quando os sintomas se apresentam com uma duração menor do que seis semanas. A lombalgia é considerada como a principal causa de limitação e ausência no trabalho. Estima-se que cerca de 90% dos pacientes retornam ao trabalho dentro de três meses, no entanto muitos continuam a apresentar recorrência e/ou a persistência dos sintomas. Apesar da evidências atuais não serem capazes de dar suporte à um fator causal específico responsável pela ocorrência dos episódios iniciais de dor lombar, sabe-se que fatores físicos e psicossociais possuem um papel importante na surgimento e persistência desta condição. A dor lombar aguda é multifatorial portanto é imprescindível seu entendimento a fim de predizer a sua influencia na transição para um quadro crônico. Pouco se sabe sobre os níveis de atividade física e os fatores individuais de pacientes com dor lombar aguda e se estes estão associados com desfecho de dor e incapacidade, portanto o estudo tem como objetivo investigar se pacientes com dor lombar aguda alteram o seu nível de atividade física ao longo de 3 e 6 meses, analisar a capacidade do nível de atividade física, fatores individuais e psicossociais em predizer os desfechos de dor, incapacidade e recuperação do paciente após 3 e 6 meses. Os pacientes serão recrutados e avaliados a partir de instrumentos de medida objetiva e subjetiva para atividade física, dor, incapacidade, presença de comorbidades, medo de movimento, depressão, comportamento sedentário e dados antropométricos no follow up de 3 e 6 meses. Os dados serão analisados a partir de regressões lineares univariadas e multivariadas para análise de predição dos desfechos clínicos. (AU)