Papel da indução de tolerância ao LPS para o estresse oxidativo produzido pela sepse experimental

Resumo

A sepse é uma síndrome inflamatória sistêmica em resposta a uma infecção. É uma patologia grave capaz de causar falência múltipla de órgãos, sendo atualmente a principal causa de morte em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Infecção por bactérias gram-negativas representam grande parte dos casos registrados de Sepse. O lipopolissacarídeo (LPS) componente da membrana externa da bactéria desencadeia uma cascata de atividade do sistema imunológico humano. A resposta ao LPS produz inúmeros mediadores inflamatórios e induz a liberação de espécies reativas de oxigênio (EROS) capazes de causar um estresse oxidativo. Uma alta produção de EROS leva à disfunção celular, comprometendo o genoma, as organelas e membranas celulares. O impacto negativo da doença pode ser reduzido através da capacidade do hospedeiro de tolerar a presença de agentes patogênicos. Sabe-se que uma exposição prévia ao LPS altera o padrão de expressão gênica de citocinas inflamatórias. A tolerância ao LPS está relacionada a reduzida produção e liberação de citocinas pelos fagócitos em re-exposição ao LPS, de forma a reduzir impactos negativos da ativação exagerada do sistema imunológico. (AU)