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Violência obstétrica: disputas de sentidos, direitos, ciência e medicalização

Processo: 17/03615-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 01 de setembro de 2017
Vigência (Término): 31 de agosto de 2018
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Guita Grin Debert
Beneficiário:Mariana Marques Pulhez
Supervisor: Ilana Zelmanowicz
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Local de pesquisa: Centre de Recherche Médecine, Sciences, Santé, Santé Mentale, Société (Cermes3), França  
Vinculado à bolsa:15/09862-0 - Violência obstétrica: luta por reconhecimento, judicialização e a noção de um "bom parto", BP.DR
Assunto(s):Violência obstétrica   Parto obstétrico   Antropologia médica   Ciência   Direitos da mulher   Direitos sexuais e reprodutivos   Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ciência | direitos das mulheres | medicalização do parto | violência obstétrica | Antropologia da Saúde

Resumo

Nos últimos anos, no Brasil, a luta contra o que se convencionou chamar violência obstétrica vem ganhando contornos cada vez mais fortes. Presentes em eventos públicos como simpósios e conferências militantes, audiências públicas, passeatas, bem como em congressos de ginecologia e obstetrícia, os debates sobre o que se entende por violência obstétrica revelam um campo de disputas acirrado entre ativistas do parto humanizado, médicos/as, enfermeiros/as, doulas, obstetrizes e uma parcela cada vez maior de mulheres que buscam um parto tido como respeitoso. Nesse sentido, o projeto de pesquisa desenvolvido no Brasil (Número do Processo Fapesp 2015/09682-0), acompanha esses eventos e, com base numa metodologia qualitativa, se dedica a analisar o modo pelo qual essa categoria violência obstétrica é criada, os significados que lhe são atribuídos e o modo como ela é construída enquanto um problema social a ser combatido. Por sua vez, o projeto aqui apresentado visa propor um período de estágio de pesquisa no exterior, que tem como objetivo consolidar o contato acadêmico com pesquisadoras da área de história, sociologia e antropologia especializadas nas temáticas de ciência, medicina e gênero, sobretudo aquelas que vêm pesquisando a questão da medicalização do parto através do projeto "(Over)medicalization of Childbirth as a Public Problem: Material Trajectories, Public Controversies, Institutional Changes", que conta como uma de suas coordenadoras a Prof.ª Dr.ª Ilana Löwy. Trata-se de um projeto de amplitude internacional que permitirá o adensamento das questões que venho perseguindo em minha pesquisa, com destaque para a articulação entre os direitos sexuais e reprodutivos e a noção de ciência operada no contexto do movimento pela humanização do parto no Brasil. O estágio será realizado no Cermes3 (Centre de recherche médecine, sciences, santé, santé mentale, societé) do Institut National de la Santé et Recherche Médicale (INSERM), vinculado à universidade Paris Descartes (Paris V) e será supervisionado pela Prof.ª Dr.ª Ilana Löwy. Busco, assim, agregar novos parâmetros de análise que me ajudarão a adensar a análise sobre a construção da categoria violência obstétrica no Brasil. (AU)

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