Bolsa 16/20758-3 - Parto obstétrico, Cesárea - BV FAPESP
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Índices de cesáreas em serviço de referência: classificação de Robson na identificação e nas estratégias de prevenção

Processo: 16/20758-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2017
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2018
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Saúde Materno-infantil
Pesquisador responsável:Iracema de Mattos Paranhos Calderon
Beneficiário:Iara Padoim e Silva
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Parto obstétrico   Cesárea
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cesárea | grupos de Robson | parto obstétrico | prevenção | Ginecologia e Obstetrícia

Resumo

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB/Unesp) é serviço de referência no interior do estado de São Paulo. A Maternidade do HC-FMB/Unesp é referência para o alto risco obstétrico no Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo um serviço especializado de Diabete e Gravidez, palco de ensino, assistência e pesquisas nessas gestações de risco. Com base nos índices de nações com baixa mortalidade materna e perinatal, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, em 1985, que a taxa de cesáreas não deveria ultrapassar 15%. Desde então, essas taxas tornaram-se metas mundiais a serem atingidas. No Brasil, o percentual de partos por cesárea em 2011 foi de 53,88%, correspondendo a 59,49% na Região Sudeste e a 60,02% no Estado de São Paulo. Propor e implementar medidas para reduzir as taxas de cesárea exige grandes desafios, além de estudo crítico para identificar as gestantes de maior risco. Robson propôs, em 2001, um sistema de classificação de cesáreas, simples, de relevância clínica, reprodutível e confiável. Além disso, é a ferramenta de monitoramento e de auditoria e a que melhor satisfaz as necessidades locais e internacionais, por incluir dados comumente registrados em instituições de vários níveis de assistência. Esse instrumento tem sido usado mundialmente, em auditorias e identificação de estratégias para reduzir as taxas de cesárea e melhorar o atendimento obstétrico. O protocolo baseia-se em características maternas, da gestação e do parto, relacionando paridade, via do parto anterior, tipo de gestação, início do trabalho de parto (TP) e idade gestacional, características totalmente inclusivas e mutuamente exclusivas, definindo os 10 grupos de Robson. No Brasil, já foi utilizado para monitoramento da prática obstétrica em maternidade de grande porte, com bons resultados. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em sua declaração de 10 de abril de 2015, propõe que a classificação de cesáreas de Robson seja usada como instrumento padrão para avaliar, monitorar e comparar taxas de cesáreas ao longo do tempo num mesmo ou entre diferentes hospitais, de uma mesma região ou país. Nesse contexto, justifica-se a proposição do estudo, com o objetivo de avaliar, na Maternidade do HC-FMB/Unesp, os índices e os grupos de maior risco para cesárea, utilizando a classificação nos 10 grupos de Robson. A partir dos resultados, propor estratégias para a redução desses índices. Será desenvolvido um estudo de corte transversal, incluindo todos os partos, vaginais e cesáreas, realizados nos últimos três anos [01/01/2014 a 31/12/2016], na Maternidade do HC-FMB/Unesp, referência para o alto risco obstétrico SUS. A amostra será de conveniência, incluindo todos os partos, vaginais e cesáreas, realizados nos últimos três anos. Considerando a demanda do serviço de 150 partos/mês, seriam previstos, em três anos, 5400 partos; com o índice de 40 a 50% de cesáreas, seriam esperados um mínimo de 2160 cesáreas e 3240 partos vaginais. Os dados serão coletados, retro e prospectivamente, dos registros de partos no sistema eletrônico de dados do HC-FMB/Unesp. De acordo com o instrumento de avaliação, serão identificadas as características maternas, da gestação e do parto e os partos serão distribuídos nos 10 grupos de Robson. Serão empregados testes de comparação de proporções, dentro de cada categoria - parto vaginal e cesárea, entre cada um dos 10 grupos de Robson. Será realizada a estimativa de risco para cesárea, definida pela razão de chances, com cálculo de odds ratio (OR) e respectivo intervalo de confiança a 95% (IC95%). A escolha dos respectivos testes será determinada pela distribuição normal (teste paramétricos) ou não (testes não-paramétricos) dos resultados e orientada pela assessoria estatística do Escritório de Apoio à Pesquisa (EAP) da FMB/Unesp. Para todos os testes estatísticos será definido o limite de significância de 95% (p < 0,05). (AU)

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