Estrutura fina da emissão otoacústica produto de distorção

Resumo

Se a audição periférica está madura ao nascimento e quando a fisiologia coclear começa a sofrer os efeitos da idade ainda são perguntas sem resposta nos seres humanos.Hoje, os avanços tecnológicos permitem maior precisão no estudo das alterações da fisiologia coclear, especialmente em altas freqüências, o que teria um maior impacto nos primeiros sinais dos efeitos da idade. Um estudo recente avaliou indivíduos de 10 a 65 anos com freqüências de 0,75 Hz a 16 kHz (Poling et al., 2014), já o estudo incluindo recém-nascidos analisou o OAEPD apenas até 8kHz (Abdala e Dhar, 2012). No entanto, existem poucos trabalhos com a população infantil. Pretendo contribuir com a caracterização do comportamento da estrutura fina das emissões otoacústicas produto de distorção (EOAPD) em um grupo de indivíduos com audição normal, com idades entre 0 e 10 anos, com e sem fatores de risco auditivo na freqüência estendida, F2 até 16 kHz. Para isso é necessário um treinamento no exterior. Este treinamento seguirá o mesmo protocolo de pesquisa para ser aplicado no futuro em população de 0 a 10 anos, ao retornar ao Brasil. Assim, o objetivo desta pesquisa no exterior é analisar a estrutura fina da EOAPD de acordo com a idade em adultos com audição normal. As EOAPD serão medidas em 100 indivíduos com idade entre 18 e 45 anos com audição clinicamente normal no laboratório do prof. Dhar com o protocolo descrito por sua equipe de pesquisa (Poling et al., 2014). O equipamento (Etymotic Research ER10X, RME UCX, computador Macintosh) e a infra-estrutura de suporte técnico para desenvolver o projeto está disponível na Universidade de Northwestern. A hipótese deste projeto é que os resultados permitam entender a função coclear de acordo com a idade. Espera-se também que o pesquisador possa ser treinado para continuar esta pesquisa no Brasil. (AU)