Epidemiologia global do hiv e pesquisa de prevenção para travestis e mulheres transexuais( - coorte transnacional

Resumo

A Coorte Transnacional (CT), com participantes recrutadas em São Francisco e em São Paulo, vai testar a hipótese de que a transição social de gênero e a falta de acesso a cuidados de saúde específicos para população de travestis e mulheres transexuais causam ou são precursores de períodos com risco elevado para o HIV. O período inferido de alta incidência de HIV que se segue à juventude coincide com muitos eventos de transição de gênero, bem como com o início da terapia hormonal e procedimentos cirúrgicos. Dados de mulheres transexuais mostram um alto risco sexual associado ao aumento dos seios, talvez devido ao maior número de parceiros sexuais como resultado de uma maior conformidade de gênero na aparência. A CT vai testar a hipótese de que eventos biomédicos de transição de gênero podem tanto resultar em períodos de risco elevado para HIV como serem precursores de comportamentos de saúde protetores. Estudar esses eventos ajudará a identificar alvos para novas intervenções de prevenção, como exemplo, a PrEP pode ser indicada por um tempo limitado no períodos de transição de gênero, ou intervenções comportamentais podem acompanhar procedimentos médicos e cirúrgicos. A falta de cuidados médicos específicos para mulheres transexuais e a habilidade para a transição social também podem ocasionar uma alta incidência de HIV e outros resultados adversos para a saúde. Vamos analisar os impactos positivos e negativos dos eventos de transição social e biomédica na incidência de HIV, comportamentos preventivos, e outros resultados de saúde importantes.