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Desde Villa Grimaldi (1997) até o Museu da Memória (2010): socioantropologia da memória da repressão política no Chile

Processo: 16/23027-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2017
Vigência (Término): 31 de agosto de 2017
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia
Pesquisador responsável:Leopoldo Garcia Pinto Waizbort
Beneficiário:Marc Pierre Olivier Berdet
Supervisor: Pablo Cottet Soto
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Universidad de Chile, Chile  
Vinculado à bolsa:15/04514-4 - Lugares de memória ou espaços de rememoração? Um abordagem benjaminiano da memória política no Brasil, BP.PD
Assunto(s):Chile   Memória coletiva   Repressão política
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arquitetura da memoria | Chile | Lugares de Memória | Memória Coletiva | trauma | Memoria

Resumo

Assim como o Memorial da Resistência em São Paulo (2009) e o projeto do Museu da Memória em Brasília recomendado pela Comissão da Verdade brasileira (2014), a Villa Grimaldi (1997) e o Museu da Memória (2010) de Santiago geraram inúmeras polêmicas, não apenas entre os adversários e os defensores do regime militar, como também entre diferentes atores - sobreviventes, familiares de presos desaparecidos, ativistas e defensores dos direitos humanos. Tais polêmicas desencadearam significativas perguntas éticas e de grande impacto político: Deve-se reconstruir os lugares de tortura tal como eram? Ou deixar as ruínas intactas e instalar um simples memorial para homenagear as vítimas? Ou ainda ressignificar o espaço, inclusive o espaço da cidade e o próprio território nacional, com a construção de um "lugar da consciência" que simbolize não a morte, mas a vitalidade da memória e da democracia? Como elaborar um sentido simbólico mediante uma organização espacial e museográfica? Deve-se enfatizar a repressão ou a resistência? Quais relatos coletivos e narrativas políticas devem estar materializados em espaços e objetos?Tais perguntas concretas se vinculam a questões mais gerais que podemos associar a problemáticas de sociologia da memória e antropologia política. Após acontecimentos indeléveis como torturas e desaparecimentos, até que ponto a memória é necessária, e como ela deveria se manifestar? Como se passa da memória individual, privada, a uma memória coletiva, pública? Quem está autorizado a falar do passado? E em qual registro deveria fazê-lo? A quem são destinados os dispositivos mnemônicos? Qual é o caminho correto para se chegar à verdade e à justiça? O esquecimento é uma resposta normal ao trauma e, assim, deveria ser respeitado com dignidade? Até que ponto o esquecimento do passado é perigoso para a construção democrática atual? Este projeto visa responder a essas perguntas de um ponto de vista socioantropológico, a partir do exemplo de dois lugares de memória chilenos, um muito antigo e outro muito recente, ambos pioneiros na América Latina: a Villa Grimaldi e o Museu da Memória e dos Direitos Humanos. (AU)

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