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Atitudes implícitas e explícitas de preferência racial, auto-relatos de empatia e respostas de empatia à dor física moduladas por pistas raciais

Processo: 16/17242-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Vigência (Início): 01 de outubro de 2016
Vigência (Término): 31 de agosto de 2018
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Fisiológica
Pesquisador responsável:Ana Alexandra Caldas Osório
Beneficiário:Julia Horta Tabosa do Egito
Instituição Sede: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Instituto Presbiteriano Mackenzie. São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:14/06777-0 - Ocitocina e viés racial: impacto da administração intranasal de ocitocina na empatia à dor física e nas percepções de ameaça em contextos raciais, AP.JP
Assunto(s):Psicobiologia   Empatia   Dor   Racismo   Preconceito racial
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:empatia | viés racial | Psicobiologia

Resumo

A empatia é um aspeto fundamental do comportamento social que nos ajuda a estar em sintonia com os estados emocionais dos que nos rodeiam. Trata-se de uma experiência subjetiva de similaridade entre os próprios sentimentos e os sentimentos dos outros, na qual um observador experiencia e partilha dos sentimentos de um alvo (Decety e Jackson, 2006). Porém, a reação empática não ocorre de forma indiscriminada, sendo modulada pela semelhança e proximidade que o observador percebe no alvo. Efetivamente, vários estudos de neuroimagem documentam uma reação neuronal mais intensa em consequência da visualização de faces de dor em modelos da mesma raça, do que de uma raça distinta da dos sujeitos (Sheng et al., 2013; Sheng e Han, 2012). Em seu estudo, Avenanti, Sirigu e Aglioti (2010) foram ainda mais longe, evidenciando que tais diferenças de empatia associadas a pistas raciais se verificam não apenas em resposta a faces, mas também na observação de estímulos mais simples, como mãos de raças distintas. Estes autores encontraram uma maior reatividade neurofisiológica (avaliada por meio de potenciais evocados motores) em sujeitos que observaram a aplicação de estimulação dolorosa em uma mão da sua raça, do que quando a mão pertencia a um grupo racial distinto. Os estereótipos raciais são fenômenos prevalentes em várias culturas do mundo, afetando, muitas vezes de forma automática, os pensamentos e sentimentos em relação a indivíduos da mesma raça e de raças distintas (Amodio et al., 2004; Devine, 1989; Sheng & Han, 2012). Contudo, até ao momento permanece por explorar de que forma os auto-relatos de empatia interagem com os níveis de preconceito implícito e explícito dos indivíduos, resultando em diferenças de comportamento empático. Este estudo tem como objetivo principal a análise das relações entre preferência explícita e implícita do próprio grupo racial em detrimento de um grupo distinto, em uma amostra de sujeitos saudáveis, os seus auto-relatos de empatia e os comportamentos de empatia à dor física modulada por pistas raciais. Para o efeito, iremos analisar o seu desempenho no Teste de Associação Implícita (Raça) - TAI (Greenwald, Mcghee e Schwartz, 1998), na Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI; Davis, 1983) e na tarefa de Avenanti, Sirigu e Aglioti (2010), na qual se avalia a excitabilidade cortical em resposta à observação de estimulação dolorosa a ser aplicada em uma mão que poderá ser da mesma cor do grupo racial do sujeito ou da cor de um grupo racial distinto. Assim, propomos dois modelos distintos para explicação da empatia à dor física relativa a) a mãos pertencentes à mesma raça do sujeito e b) a mãos pertencentes a uma raça diferente. Quanto ao primeiro modelo (a), antecipamos que os auto-relatos de empatia serão preditores dos níveis de empatia à dor física em pessoas do mesmo grupo racial do sujeito. Quanto ao segundo modelo (b), iremos testar um modelo de mediação parcial, no qual, para além da relação direta entre os auto-relatos de empatia e a empatia à dor física de pessoas de raça distinta da do sujeito, existirá também uma relação indireta, mediada por baixos níveis de preconceito no TAI. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
TABOSA DO EGITO, JULIA HORTA; RIBEIRO FERREIRA, GABRIELLE MARTINS; GONCALVES, MANOELA IZIDORO; CALDAS OSORIO, ANA ALEXANDRA. Brief Report: Factor Analysis of the Brazilian Version of the Adult Autism Spectrum Quotient. JOURNAL OF AUTISM AND DEVELOPMENTAL DISORDERS, v. 48, n. 5, p. 1847-1853, . (16/17242-5)
EGITO, JULIA H.; NEVAT, MICHAEL; SHAMAY-TSOORY, SIMONE G.; OSORIO, ANA ALEXANDRA C.. Oxytocin increases the social salience of the outgroup in potential threat contexts. Hormones and Behavior, v. 122, . (16/17242-5, 14/06777-0)

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