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Avaliação dos efeitos analgésicos e farmacocinética do tramadol em jabutis-piranga

Processo: 16/15776-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de outubro de 2016
Vigência (Término): 31 de março de 2018
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Clínica e Cirurgia Animal
Pesquisador responsável:Silvia Renata Gaido Cortopassi
Beneficiário:Vanessa Nadine Gris
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Répteis   Dor   Analgesia   Anestesiologia   Chelonoidis carbonaria
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Analgesia | Antinocicepção | Chelonoidis carbonarius | Dor | Répteis | Anestesiologia

Resumo

O Brasil é considerado detentor de uma das maiores biodiversidades mundiais, ocupando a terceira posição em relação ao número total de répteis (791), atrás apenas da Austrália (1038) e do México (910). Entre eles encontra-se o jabuti-piranga (Chelonoidis carbonarius), um quelônio comum nas matas brasileiras, que tornou-se popular como um animal de estimação e possui uma representação importante em zoológicos e centros de pesquisa. Veterinários de animais selvagens têm prescrito analgésicos para seus pacientes por muitos anos, mas só recentemente o reconhecimento e tratamento da dor nesses pacientes foi reconhecido como um componente essencial na prática clínica veterinária. Todos os animais vertebrados são passíveis de injúria e apresentam as estruturas neuroanatômicas e neurofarmacológicas necessárias para a transdução, transmissão e percepção de estímulos nocivo. Além disso, o reconhecimento da dor em répteis é complexo, podendo ser ainda mais difícil determinar objetivamente quando uma medicação analgésica é eficaz para o paciente. Em pesquisa feita com clínicos da Associação de Veterinários de Répteis e Anfíbios o butorfanol foi apontado como o fármaco analgésico opioide mais comumente administrados em répteis, com doses variando de 0,02 mg/kg a 25 mg/kg e intervalos de administração variando de 4 a 48 horas. Nota-se claramente uma lacuna na definição das doses e intervalos de administração. A farmacocinética dos analgésicos varia consideravelmente entre as espécies, não sendo, portanto, apropriado extrapolar esses dados de uma espécie para outra. Além disso, já foi demonstrado que o butorfanol não possui efeitos analgésicos em tigres d'água americanos e dragões barbudos. A morfina comprovadamente promove aumento da latência térmica na dose de 1,5 mg/kg, porém com uma depressão respiratória consistente. Diante dessa perspectiva clínica, o tramadol se tornou um analgésico amplamente utilizado na prática veterinária como uma alternativa ao uso de outros opioides, pela facilidade de administração oral, por não ser uma substância controlada e por não causar depressão respiratória pronunciada. Este estudo objetiva empregar um método analítico para quantificação plasmática de duas doses de tramadol (5 e 10 mg/kg) e do seu metabólito o-desmetiltramadol (M1) em jabutis-piranga após a administração intramuscular e intravenosa. Outro objetivo é avaliar a eficácia do tramadol por meio de mensuração dos tempos de latência para retirada dos membros a partir de um estímulo térmico. O estudo será feito em delineamento cross-over e serão utilizados 9 jabutis-piranga (machos e fêmeas). A avaliação do estado de saúde dos animaisserá realizada por meio de biometria, exame físico e exames laboratoriais (hemograma e proteína total). Os animais receberão 4 tratamentos distribuídos aleatoriamente: administração intramuscular de tramadol na dose de 5ou 10 mg/kg, administração intravenosa de tramadol na dose de 5 mg/kg ou administração intramuscular de solução fisiológica (controle), com um intervalo mínimo de 2 semanas entre eles. O grau de analgesia será mensurado por meio de aplicação de um estímulo térmico infravermelho sob a superfície plantar dos jabutis. O tempo de latência para retirada do membro será calculado e comparado com os tempos de latência basal. O estímulo será realizado nos momentos 0h, 6h, 12h, 24h, 48h, 72h e 96h após a administração do analgésico. Será realizada coleta de amostras de sangue nos mesmos momentos de avaliação termonociceptiva. O sangue será utilizado para estudo farmacocinético do analgésico tramadol edo seu metabólito O-desmetiltramadol por meio da técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Até o momento, poucos estudos relativos à esse tema foram publicados e não abrangem a especificidade e diversidade das espécies. Sendo assim, são necessários mais dados relacionados à analgesia em répteis, especificamente em jabutis-piranga. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
GRIS, Vanessa Nadine. Avaliação dos efeitos antinociceptivos e farmacocinética do tramadol em jabutis-piranga. 2018. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD) São Paulo.

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