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A "nova geração do rap" e a indústria cultural

Processo: 15/20592-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2016
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2019
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Renato José Pinto Ortiz
Beneficiário:Daniela Vieira dos Santos
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):16/11769-1 - A nova geração do rap e a indústria cultural, BE.EP.PD
Assunto(s):Indústria cultural   Música popular brasileira   Mundialização
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Criolo | Emicida | Indústria Cultural | Mundialização | música popular brasileira | Rap Paulistano | Sociologia da Cultura (Música)

Resumo

O rap, sigla que condensa as palavras rhythm and poetry, é um gênero musical que nasceu nos EUA nos anos 1970, porém no contexto da globalização e mundialização da cultura, se disseminou para vários países. Isso faz com que ele assimile elementos globais e locais, característica comum das culturas mundializadas. No caso brasileiro, o rap aparece em São Paulo em meados da década de 1980, contudo, foi na década de 1990 que o gênero expressou maior criticidade nas letras. Essa mudança está associada, em boa medida, ao sucesso do Racionais MC's, reconhecido por atuar e conseguir relativo sucesso em paralelo aos grandes veículos de comunicação de massa. Ainda que com o Racionais o rap nacional tenha adquirido outro status, por assim dizer, ampliando-se para um público distinto daquele a quem seus raps fazem menção, o gênero continuava aludindo à comunidade e se restringia majoritariamente à periferia. Mas percebe-se que essa condição está se transformando, em especial, pelos rappers da chamada "nova geração". Parte-se do pressuposto de que o rap, atualmente, não "fala" apenas para os seus pares da periferia, mas vem atingindo o gosto de uma classe média universitária, além de ocupar espaços antes restritos à elite intelectual, tais como os Sescs e livrarias. Nessa condição, busca-se por meio de uma pesquisa sócio histórica do rap paulistano, em particular a partir do estudo de Criolo e Emicida, entender esse interessante fenômeno ainda em curso. A questão é compreender e problematizar os mecanismos que estão subjacentes a esta transformação. Por que alguns raps e rappers conseguem ir além do espaço periférico e penetrar novos nichos de mercado enquanto outros não? Tem-se como hipótese que ao contrário do Racionais, Facção Central, dentre outros grupos de rap paulistanos, Criolo e Emicida (rappers da chamada "nova geração") apresentam um "adocicamento" e|ou "embranquecimento" - (nos termos utilizados por Roger Bastide e Florestan Fernandes) - em suas canções, o que torna palatável a sua audição pela elite intelectual universitária e de classe média. Nessa condição, busca-se compreender a inserção social do rap na indústria cultural através da análise estética e da investigação dos meios de produção (gravadoras) dos seus raps.

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