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Paixão do mesmo: visualizando uma antropologia da multidão

Processo: 15/07507-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de agosto de 2015
Vigência (Término): 31 de janeiro de 2016
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Fotografia
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Lilia Katri Moritz Schwarcz
Beneficiário:Irene Violet Small
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Antropologia   Movimentos sociais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia | Arte | Cacique de Ramos | Fotografia | movimentos socias | Multitude | Antropologia

Resumo

Este projeto analisará como objetos artísticos podem articular propostas de organização social e cultural, agindo neste contexto simultaneamente como documentos antropológicos e teorias sobre antropologia. Eu irei focar em uma série de fotografias do artista brasileiro Carlos Vergara feitas entre 1972-74 que registravam o bloco carnavalesco carioca Cacique de Ramos. Estas fotografias chamam atenção para como a identidade pessoal e coletiva é negociada e consolidada. Imagens feitas no período mais violento da ditadura militar brasileira, quando a pressão para se adaptar à uma identidade nacional especifica era ubíqua, as fotografias de Vergara expõem as potencialidades e o desejo por uma outra identidade originaria dentre de um grupo estruturado horizontalmente e não hierarquicamente. As fotografias ainda mostram artistas experimentais buscando explorar ativamente disciplinas como antropologia e sociologia. Analisando as fotografias em conjunção com um texto escrito por Eduardo Viveiros de Castro a pedido de Vergara, mas nunca publicado, recuperarei o dialogo intratextual e intermidial entre arte, antropologia e movimentos sociais. Minha hipótese inicial é que as fotografias devem ser consideradas epistemologias visuais, ou seja, como não refletindo apenas em seu contexto sociocultural e politico, mas ativamente construindo maneiras de se entender e re-imaginar estes contextos através de formas artísticas expressivas. Em segundo lugar, eu sugiro que as fotografias lidam simultaneamente com as politicas ditatoriais e os movimentos sociais que emergiam no período. Finalmente, levanto que o paradigma ancorando estas fotografias antecipa conceitos contemporâneos como da "multitude" e neste sentido tem ampla relevância para filosofia politica, o estudo de formações raciais e analises de movimentos sociais em andamento. (AU)

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