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Lugares de memória ou espaços de rememoração? Um abordagem benjaminiano da memória política no Brasil

Processo: 15/04514-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2016
Vigência (Término): 31 de agosto de 2018
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Sociologia do Conhecimento
Pesquisador responsável:Leopoldo Garcia Pinto Waizbort
Beneficiário:Marc Pierre Olivier Berdet
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):16/23027-0 - Desde Villa Grimaldi (1997) até o Museu da Memória (2010): socioantropologia da memória da repressão política no Chile, BE.EP.PD
Assunto(s):Memória coletiva   Memória política   Walter Benjamin
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Lugares de Memória | Maurice Halbwachs | Memória Coletiva | Memória Política | Pierre Nora | Walter Benjamin | Sociologia da memória

Resumo

Este projeto pretende interrogar a construção da memória política no Brasil hoje a partir de uma abordagem benjaminiana. Abrindo o arco dialético do pensamento figurativo de Walter Benjamin desde os espaços "fantasmagóricos" do capital até as "rememorações" revolucionárias, propõe-se a sistematização do conceito pós-benjaminiano de "espaço de rememoração" como alternativa ao conceito pós-halbwachsiano de "lugar de memória". Tal elaboração conceitual se fará em uma discussão constante com os dados empíricos gerados hoje no Brasil e produzidos aqui através da observação participante e de entrevistas com ativistas da memória e visitantes em sítios de memória dolorosa. O objetivo desse vai e vem entre conceito e empirismo é propor, no campo dos estudos da memória, um novo conceito adequado às práticas atuais, além de jogar uma nova luz sobre essas práticas para além do conceito tradicional de Pierre Nora, ainda dominante. No entanto, será que essa "arquitetura voltada para dentro", separada do espaço externo, não promove, ainda mais, o declínio da vida pública, ao submetê-la aos imperativos do mercado de consumo? Será que o shopping simula o verdadeiro espaço público? Será que sua "cultura" não impõe um imaginário global de consumo (americano) à cultura local? Este projeto tem por objetivo responder a essas questões a partir do exemplo do Shopping Parque Dom Pedro (situado em Campinas, 2002). Ele se inscreve na linha do livro que escrevi em 2013 sobre dois séculos de arquitetura de mercados (galerias, grandes lojas, centros comerciais), e sobre um caso específico: o do Mall of America (Minnesota, 1992). Pretendo retomar o método urbano de Walter Benjamin que desenvolvi em minha tese (2009) e em dois outros livros (2013 et 2014), assim como o trabalho de uma rede de pesquisa internacional que dirijo desde 2010: Antropologic Materialism. Minha motivação atual é esclarecer a "cultura do público" dos shoppings, e sua "cultura material" de um consumo presente em todo o mundo, a partir de uma abordagem sócio-antropológica da globalização inspirada em Walter Benjamin. Vou elaborar novos métodos empíricos para esclarecer esse objeto relativamente pouco estudado, de forma a dar conta dessas questões urgentes de nossa época. (AU)

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