Avaliação da sensibilização cutânea a filtros solares utilizando modelo de pele reconstituída contendo células imunológicas

Resumo

As dermatites de contato são consideradas doenças complexas, sendo que é estimado que atinjam cerca de 15-20% da população. Dentre os ingredientes cosméticos, os filtros solares têm sido considerados como um risco emergente no desenvolvimento de alergia cutânea e os antioxidantes, como a vitamina A podem promover a irritação cutânea. A maioria dos testes usados para avaliar a sensibilização cutânea ainda utilizam animais de experimentação, como por exemplo, o LLNA - Ensaio do Linfonodo Local Murino. Entretanto há vários estudos que empregam o modelo de pele reconstituída em processo de validação internacional. No Brasil, a disponibilização dessas técnicas alternativas ainda apresenta desafios tais como o alto custo e a necessidade de um sistema eficiente de importação dos modelos de pele reconstituída. Assim, o presente estudo apresenta grande importância, pois visa avaliar a sensibilização cutânea a filtros solares e vitamina A por meio um modelo de pele reconstituída contendo células imunológicas. Para tal, dois filtros solares e vitamina A serão aplicados nos modelos de pele reconstituída contendo células imunológicas e serão analisadas as quantidades de IL-1alfa, IL-17, IL-22 e IL-18, além do teste de MTT, para a avaliação da viabilidade de celular. A presença e a diferenciação das células T será avaliada pela análise do transcriptoma. Os resultados serão comparados ao teste de sensibilização cutânea realizado no modelo EpiDermTM-200 pela medida da viabilidade celular por MTT e análise de IL-1alpha e IL-18. Serão utilizados como controle positivo irritante dodecil sulfato de sódio (SDS) e como sensibilizador forte dinitroclorobenzeno (DNCB). (AU)