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Estudo dos mecanismos de ação pelos quais o estradiol estimula a síntese de PGF2a endometrial em fêmeas bovinas: avaliação dos seus efeitos na população de receptores endometriais para progesterona e estradiol

Processo: 15/03331-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de maio de 2015
Vigência (Término): 06 de julho de 2016
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Reprodução Animal
Pesquisador responsável:Claudia Maria Bertan Membrive
Beneficiário:Barbara Piffero Mello
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):15/22047-4 - Efeito do nível da diferença de cátions e ânions da dieta e da duração da alimentação pré-parto no metabolismo de cálcio e energia em vacas de transição, BE.EP.IC
Assunto(s):Fisiologia da reprodução   Endométrio   Progesterona   Receptores   Ocitocina   Estradiol   Mortalidade embrionária animal   Imuno-histoquímica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:endométrio | estradiol | ocitocina | PGF2a | progesterona | receptor | Fisiologia da Reprodução da Fêmea Bovina

Resumo

Em fêmeas bovinas a liberação de PGF2a endometrial pode ser induzida in vivo pelo estradiol (E2), entretanto, o papel do E2 na síntese de PGF2a ainda não foi esclarecido. Considerando que as concentrações plasmáticas de PGF2a aumentam 3,5 horas após a aplicação do E2 in vivo, acredita-se que o E2 ative não somente enzimas, mas também estimule a síntese de proteínas essenciais para a produção de PGF2a. Sabe-se que explantes endometriais bovinos provenientes de animais injetados com E2, e cultivo de células endometriais bovinas (BEND) expostas ao E2, ao serem tratados com ionóforo de cálcio (CI) tiveram um aumento acentuado na liberação de PGF2a quando comparados àqueles que não receberam E2 e aos tratados exclusivamente com E2 ou CI. A hipótese principal do estudo geral (Processo FAPESP no 2012/50767-3) é que o E2 estimule a expressão e/ou a atividade das enzimas PKC e PLA2, ambas dependentes de cálcio para a ativação, envolvidas na síntese de PGF2a endometrial. Sabe-se ainda que a estimulação da síntese de PGF2a endometrial envolve outros fatores endócrinos, como a ocitocina (OT) e a progesterona (P4). Em análises prévias, recentemente realizadas por este grupo, verificou-se pela técnica de RT-PCR um aumento significativo na expressão dos receptores de ocitocina após as fêmeas serem tratadas com E2. Assim, hipotetizou-se que em fêmeas tratadas com E2 ocorre uma modificação na concentração de receptores endometriais para OT, P4 e o próprio E2. Assim, torna-se objetivo específico deste estudo proposto investigar por imunohistoquímica a população de receptores de OT, P4 e o próprio E2 no tecido endometrial, em vacas Nelore tratadas ou não com 3mg de 17b-estradiol por via intravenosa, no 15o dia do ciclo estral 0, 4 e 7 horas após a injeção. Os tecidos que serão utilizados no presente estudo já foram coletados, desta forma a proposta de Iniciação Científica fundamenta-se na avaliação dos mesmos pela técnica de Imunohistoquímica. Para tanto, foram utilizadas 49 vacas Nelore, no 15° dia do ciclo estral, subdivididas em cinco grupos experimentais: fêmeas que não receberam nenhuma injeção e foram submetidas a biópsia uterina na hora 0, onde considerou-se a hora 0 o momento da aplicação dos tratamentos nos demais grupos (n=9; Grupo Controle); fêmeas que receberam uma injeção de solução placebo (etanol 50%) na hora 0 e foram submetidas a biópsia uterina na hora 4 (n=10; Grupo Placebo 4 horas); fêmeas que receberam uma injeção de 3mg de 17b-estradiol diluído em etanol 50% via intravenosa e que foram submetidas a biópsia uterina na hora 4 (n=10; Grupo Estradiol 4 horas); fêmeas que receberam uma injeção de solução placebo (etanol 50%) na hora 0 e que foram submetidas a biópsia uterina na hora 7 (n=10; Grupo Placebo 7 horas) e fêmeas que receberam uma injeção de 3mg de 17b-estradiol diluído em etanol 50% via intravenosa e que foram submetidas a biópsia uterina na hora 7 (n=10; Grupo Estradiol 7 horas). A biópsia endometrial, realizada por via transcervical no corno uterino ipsolateral ao ovário contendo o corpo lúteo, promoveu a remoção de um fragmento endometrial medindo aproximadamente 5 x 5 mm /cada. Após a coleta do referido tecido, o mesmo foi acondicionado em solução de formol tamponado 4% durante 24 horas e posteriormente foi mantido em álcool 70% até que fosse incluso em parafina. Após a inclusão em parafina, secções de endométrio serão avaliadas pela técnica de imunohistoquímica para os receptores de OT, P4 e o próprio E2 nos diferentes grupos de tratamento. O presente estudo possibilitará um melhor entendimento dos mecanismos pelos quais o E2 estimula a síntese de PGF2a em fêmeas bovinas. O esclarecimento deste mecanismo poderá contribuir para a elaboração de estratégias anti-luteolíticas que possam diminuir a mortalidade embrionária em fêmeas bovinas entre o 15 e 19º dias de gestação, atualmente responsáveis por expressivas perdas econômicas.

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
OLIVEIRA, M. L.; MELLO, B. P.; GONELLA-DIAZA, A. M.; SCOLARI, S. C.; PUGLIESI, G.; MARTINS, T.; FELTRIN, I. R.; SARTORI, R.; CANAVESSI, A. M. O.; BINELLI, M.; et al. Unravelling the role of 17 beta-estradiol on advancing uterine luteolytic cascade in cattle. DOMESTIC ANIMAL ENDOCRINOLOGY, v. 78, . (15/03331-3)

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