Caracterização comportamental de cães terapeutas da raça Labrador Retriever durante atividades de terapia assistida por animais

Resumo

Desde a Grécia antiga, a sociedade acredita que os cães possuem um poder terapêutico inato. No século XVII, este "poder" foi utilizado em uma nova categoria de tratamento para pacientes com alterações mentais, sendo chamada de Terapia Assistida por Animais (TAA). Apesar da TAA ser realizadas também com outros animais - por estar em convívio com os seres humanos á cerca de 10.000 anos - os cães mostram extrema sociabilidade com nossa espécie, sendo o animal mais utilizado. Na literatura científica, há um grande número de estudos que comprovam os benefícios que o cão traz à pacientes institucionalizados durante a TAA. Porém, a literatura é escassa se tratando do comportamento de cães terapeutas. Alguns desses estudos chegaram a conclusão de que a TAA não causa estresse ao cão. Pra complementar estes estudos, é necessário caracterizar o comportamento desses cães durante as atividades de TAA. Este trabalho tem como objetivo caracterizar este comportamento, à procura de alterações significativas, comparando o comportamento de cães terapeutas da raça Labrador Retriever durante atividades com autistas e durante passeios comuns com interação com outros animais e pessoas. Através de etogramas propostos por De Palma em 2005, o comportamento de três cães terapeutas do Projeto Cão-Cidadão da Faculdade de Medicina Veterinária UNESP serão contabilizados e analisados estatisticamente através da Análise de Componentes Principais (PCA) e Teste de Spearman. (AU)