Busca avançada
Ano de início
Entree

O foto jornalista George Love e a paisagem brasileira na revista Realidade

Processo: 14/05256-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 30 de agosto de 2014
Vigência (Término): 29 de setembro de 2014
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação - Jornalismo e Editoração
Pesquisador responsável:Douglas Canjani de Araujo
Beneficiário:Douglas Canjani de Araujo
Pesquisador Anfitrião: Aspen Hochhalter
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: University of North Carolina at Charlotte (UNCC), Estados Unidos  
Assunto(s):Fotojornalismo   Fotografia   Paisagem
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:coleção especial | Fotografia | George Leary Love | linguagem visual | paisagem | revista | fotografia

Resumo

O fotógrafo americano George Love (Charlotte, Carolina do Norte, EUA, 1937- São Paulo, 1995) trabalhou entre 1966 e 1971 na revista Realidade, da editora Abril, e foi responsável por reportagens fotográficas que marcaram época no jornalismo brasileiro. Inicialmente cobrindo pautas de esporte e do cotidiano paulistano, ele paulatinamente envolveu-se com temas ambientais, que redundaram numa série de viagens à Amazônia. É deste fotógrafo a série mais famosa de fotos que saiu no número especial da revista, dedicada à Amazônia, em outubro de 1971. Ele lançou depois dois livros sobre este tema: Amazonia, em parceria com Claudia Andujar (São Paulo, Praxis, 1978) e Alma e Luz: sobre a bacia amazônica (São Paulo, MD Comunicação, 1995) além de um livro sobre São Paulo (São Paulo: anotações. Eletropaulo, 1982). Mesmo assim, sabe-se pouco sobre ele e seus métodos de trabalho. O Museu de Arte de São Paulo, seu maior colecionador, e onde ele organizou exposições e workshops, tem, na sua prestigiosa Coleção Pirelli (devotada à fotografia), apenas 16 fotos deste autor. A editora Abril, por sua vez, pagava apenas pelas fotos editadas. Love retornou aos EUA em 1987 com todo seu material e foi um acaso que ele estivesse em São Paulo quando morreu. Seu acervo foi doado, juntamente com o de sua família, à J. Murrey Atkins Library Special Collections, da Universidade da Carolina do Norte, em Charlotte. Pretendo examinar este acervo, cuja listagem informo abaixo, em busca das fotografias de George Love para a pesquisa de pós doutorado que ora realizo. Segundo a responsável por estas coleções, este material, encaixotado em 6 metros cúbicos, nunca foi consultado, e examiná-lo é, sem dúvida, essencial para a correta determinação dos métodos de trabalho deste fotógrafo e para avaliação de sua contribuição à fotografia e à documentação ambiental brasileira. Enunciado do problema O fotógrafo americano George Love (Charlotte, Carolina do Norte, EUA, 1937- São Paulo, 1995) trabalhou entre 1966 e 1971 na revista Realidade, da editora Abril, e foi responsável por reportagens fotográficas que marcaram época no jornalismo brasileiro. Ele foi um dos vários fotógrafos estrangeiros (Maureen Bissiliat, Claudia Andujar, David Drew Zingg eram alguns dos outros) que trouxeram novos padrões de produção visual para a fotografia brasileira, especialmente a de formato editorial e fotojornalística. Esta renovação de linguagem coadunou-se com o experimentalismo editorial admitido então pela editora Abril quando da edição da revista Realidade. Localizamos seu acervo pessoal nas Coleções Especiais da J. Murrey Atkins Library, biblioteca central da Universidade da Carolina do Norte, em Charlotte, EUA. Este material, doado à Universidade em 2003 e submetido a uma primeira triagem em 2005, não foi até agora submetido a uma análise mais cuidadosa e é lícito supor que tem uma enorme quantidade de dados de interesse para o campo cultural brasileiro. George Love iniciou sua contribuição brasileira cobrindo pautas de esporte e do cotidiano paulistano, mas paulatinamente envolveu-se com temas ambientais, que redundaram numa série de viagens à Amazônia. Tanto na sua produção urbana quanto nas suas viagens, uma dupla condição o caracteriza: um forte experimentalismo, em termos de linguagem visual, mas também o exercício de um olhar estrangeiro, que tem tido, historicamente, uma enorme importância para a identidade brasileira. Temos, em continuidade às questões levantadas nos trabalhos de mestrado e doutorado, bem como à nossa atuação em projetos como O Brasil dos Viajantes, analisado a produção de viajantes que enfocam a paisagem e o ambiente brasileiros, entendidos não apenas como dado natural e ambiental, mas como linguagem, que redunda em condição formadora de nossa cultura. Dentro deste quadro, pretendemos analisar o material produzido por George Love depositado naquela biblioteca. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)