Registro e modelagem de bens arquitetônicos com sensores ópticos passivos e técnicas fotogramétricas

Resumo

Registro adequado de bens arquitetônicos é uma preocupação desde 1885, com os primeiros trabalhos do precursor da Fotogrametria arquitetural, Albrecht Meydenbauer. Em 1987, o ICOMOS recomendou aos países-membros a constituição de um registro fotogramétrico de seus monumentos e sítios arqueológicos. A evolução tecnológica permitiu que os bens arquitetônicos fossem documentados graficamente a partir de medições tridimensionais, gerando modelos 3D, o que proporciona um estudo detalhado do patrimônio e favorece os trabalhos de arqueólogos, arquitetos, historiadores, entre outros profissionais, auxiliando até mesmo o turismo. Por muitos anos, a Fotogrametria terrestre foi a técnica mais utilizada para o levantamento do patrimônio histórico. Essa técnica tornou-se mais rápida e acessível com a evolução das câmaras digitais. Uma das etapas do processo fotogramétrico, a modelagem 3D, é um processo laborioso que apresenta varias fontes de erros que influenciam na qualidade final do registro. Apesar do advento dessas tecnologias e da importância de uma documentação de qualidade, ainda existem poucos estudos com uma análise rigorosa dos requisitos para o registro de bens arquitetônicos, com foco na análise da geometria dos modelos gerados por processos inteiramente digitais. Nesse contexto, serão realizados estudos teóricos e experimentais, para avaliar e ampliar as normas e especificações existentes, principalmente no que se refere à utilização de câmaras digitais com base em técnicas fotogramétricas para registro e modelagem de bens arquitetônicos. (AU)