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Aceleração do tempo e pós-democracia: violência e comunicação

Processo: 14/02849-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 23 de junho de 2014
Vigência (Término): 23 de julho de 2014
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Ética
Pesquisador responsável:Olgária Chain Féres Matos
Beneficiário:Olgária Chain Féres Matos
Pesquisador Anfitrião: Claudine Haroche
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Local de pesquisa: Institut Interdisciplinaire d’Anthropologie du Contemporain (IIAC), França  
Assunto(s):Arcaísmo   Narcisismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arcaísmo | Narcisismo | tecnologias | Tempo | valores | Violência | Valores coletivos

Resumo

A pesquisa "Aceleração do tempo e pós-democracia" é uma pesquisa sobre as implicações da Primeira Guerra Mundial na modernidade que,na perspectiva de Walter Benjamin, acelerou de maneira cabal tendências que, no século XIX, haviam afetado poucos "tipos traumatófilos" como Baudelaire, cuja poesia torna manifestos os sinais da "perda da experiência" em suas consequências antropológicas:o traumatismo passou a integrar as relações entre a subjetividade e a exterioridade. O sentimento de exílio em um mundo que se tornou estranho se encontra na mudança da vida cotidiana: " uma geração que ainda fora à escola num bonde puxado a cavalos viu-se abandonada, sem teto, numa paisagem diferente em tudo, exceto nas nuvens,e em cujo centro, num campo de forças de correntes e explosões destruidoras,estava o frágil e minúsculo corpo humano" (Benjamin, W., "Experiência e Pobreza", in Obras Escolhidas I, trad Sérgio Paulo Rouanet, ed Brasiliense, SP. 1985, p 15). A Primeira Guerra Mundial foi preparada por toda uma propaganda pela qual se manifestaram os primeiros sinais dos fenômenos de massa e as novas subjetividades despersonalizadas, ansiosas por " valores rituais" e " sacrifícios". Analisaremos de que maneira o sentimento da urgência se desenvolve progressivamente e se consolida na ideologia da racionalidade tecnológica e seu ideário das inovações incessantes, associadas aos primeiros acontecimentos midiáticos do século XX. Seus mecanismos são os da indústria cultural, nascente no século XIX, e que reconfiguraram as mudanças na percepção do tempo, agora acelerado. O choque como modo normatizado de vida na modernidade passa a ser vivido pelas massas na forma da excitação contínua cuja intensidade deve ser permanentemente aumentada para que o tédio e o desespero da " morte de Deus" e da " desvalorização de todos os valores" não as lance na abulia, no ressentimento e no desespero. (AU)

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