Correlação de parâmetros celulares, moleculares, comportamentais e neurofuncionais na Doença de Parkinson com o exercício físico em modelo animal e em tecido humano postmortem

Resumo

A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum entre as pessoas idosas, sendo responsável por alterações motoras. O exercício físico, por sua vez, já foi descrito por seus efeitos benéficos na DP com diminuição da perda neuronal, melhora comportamental e mudanças no padrão de excitabilidade cortical. O objetivo deste projeto será entender o exercício físico como uma possível forma de retardar ou inverter as alterações motoras da DP, correlacionando alterações histológicas de tecidos encefálicos de ratos e de humano "postmortem" (fornecido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) com a imagem neurofuncional (um procedimento possível na clínica médica) e testes comportamentais. Para isto, iremos avaliar mudanças neuroquímicas, neurofuncionais e comportamentais. Os ratos serão submetidos ao modelo da DP induzido por 6-hidroxidopamina estriatal unilateral e ao protocolo de exercício em esteira; As respostas comportamentais dos ratos serão investigadas com teste rotacional induzido por apomorfina e campo aberto; em humanos analisaremos resultados de questionários específicos que foram aplicados aos familiares ou cuidadores. A ativação celular e microglial serão determinadas pela imunomarcação para Egr1 e Iba1, respectivamente. Será determinada, por imuno-histoquímica e immunoblotting, a marcação para GFAP, proteínas sinápticas (sinapsina e sinaptofisina) e estruturais (neurofilamentos e MAP-2), e ainda, receptores dopaminérgicos (D1 e D2) e de BDNF (TrKb e p75) em várias regiões encefálicas. Avaliaremos as alterações neurofuncionais nos ratos com imagens marcadas com radiofármacos [11C]PK11195 PET (neuroinflamação) e 99mTc-TRODAT SPECT (sistema dopaminérgico), e autorradiografia in vitro para [11C]PK11195 e 99mTc-TRODAT de cortes histológicos de ratos e de humanos "postmortem". Assim, esse estudo poderá correlacionar com a clínica os eventos celulares, moleculares e neurofuncionais da DP produzido pelo exercício físico. (AU)