Exílio e retorno: a transição brasileira entre a Europa e o Brasil (1974-1988)

Resumo

Em meados dos anos de 1970, após a dizimação das organizações armadas no Brasil pelos órgãos de repressão do regime liderado pelos militares, com o fim da experiência socialista no Chile e com a "distensão" do regime promovida pelo governo Geisel, a necessidade de novos meios de reação à ditadura se faz presente. Organizações preocupadas e reivindicando a anistia de presos e exilados políticos começam a se fazer presentes no Brasil, ou fora dele - pelas organizações de exilados e de estrangeiros -, objetivando o a Anistia de presos políticos, retorno dos exilados e, mais adiante, o processo de redemocratização. Assim, este trabalho terá o objetivo de tentar entender e, na medida do possível, responder algumas questões, como: Como se dá esta mudança no entendimento do conceito de resistência para os exilados? E este último suspiro do exílio para os brasileiros? O retorno para o país de origem é continuação ou uma nova ruptura? Como a experiência destes recém-chegados é usada pelos movimentos de redemocratização pós-anistia? E como se dá a participação dos ex-exilados para o Brasil na transição e sequente redemocratização? (AU)