Mecanismos de manipulação do micro-tempo na composição: o universo granular do som
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Processo: | 13/12937-7 |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Doutorado |
Vigência (Início): | 01 de outubro de 2013 |
Vigência (Término): | 31 de janeiro de 2015 |
Área do conhecimento: | Ciências Humanas - Filosofia - Metafísica |
Pesquisador responsável: | Vladimir Pinheiro Safatle |
Beneficiário: | Jean-Pierre Cardoso Caron |
Instituição Sede: | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil |
Assunto(s): | Música Estética (filosofia) Ludwig Wittgenstein Ontologia (filosofia) |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | estética | música | ontologia | Wittgenstein | Ontologia da obra musical |
Resumo Uma das questões mais difíceis enfrentadas por todos àqueles que se propõem a pensar filosoficamente a música é a questão do estatuto ontológico da obra musical. Algumas dificuldades enfrentadas pelo ponto de vista ontológico são: a temporalidade da obra musical, o caráter efêmero da performance, a dependência entre partitura e realização, a multiplicação de instâncias que poderiam chamar-se "a obra", e, não menos importante, a própria prática musical como proponente constante de novas situações entre documento e evento, artista e público, compositor e intérprete. Este último ponto é tão importante que não permitiria separar o ponto de vista ontológico de um certo compromisso com um ponto de vista estético. Em seu esforço para definir de uma vez por todas aquilo de mínimo que poderia constituir uma obra musical, o ontólogo não consegue em última análise se divorciar de uma visão herdada da prática musical vigente. Gostaríamos aqui de propor uma distinção entre ontologia e morfologia da obra musical. A atitude ontológica versaria sobre as condições que devem ser satisfeitas para que haja obra. Ela adquire a forma mais básica: o que é uma obra musical? Ou, levando em consideração a cadeia de dificuldades mencionadas acima: onde está a obra musical? A pergunta da morfologia é um pouco diferente. Ela versa sobre o aspecto perceptual da música e as transformações sofridas de performance a performance e a maneira como essas transformações ocorreram. Trata-se de uma questão de captar semelhanças e diferenças e sua relação com os contextos nos quais tais semelhanças e diferenças são produzidas. A princípio poderíamos verificar uma circularidade entre as duas noções: a pergunta morfológica como um possível preâmbulo para a pergunta ontológica, e esta como contendo em certa medida a pergunta morfológica. Assumimos esta circularidade. A pergunta ontológica poderia de fato ser respondida se encontrássemos nessa cadeia de performances os elementos constitutivos da obra, separando-os dos contingentes. Não temos a certeza de poder fazer isto, e a morfologia pode ser um caminho fecundo, sem o apelo necessário a uma ontologia. Dentro desta perspectiva morfológica o pensamento de Wittgenstein acerca de regras nos parece fecundo para pensar o problema da identidade de obras que primam por uma não fixidez em sua conformação perceptual. (AU) | |
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