Diferenciação precisa de transtornos adquiridos da fala e da linguagem para resultados positivos de reabilitação

Resumo

Perda da fala devido a lesão cerebral adquirida causa deficiência de longo prazo nos pacientes e uma sobrecarga substancial nas pessoas envolvidas nos cuidados dos mesmos (1, 2, 3 *). Os pacientes dependem substancialmente dos cuidadores na administração dos assuntos relacionados ao dia-a-dia; tornam-se socialmente isolados, são forçados a sacrificar seus objetivos de vida e são mais suscetíveis a depressão e suicídio. Uma administração eficiente da saúde requer procedimentos de diagnósticos robustos seguidos de intervenção com diagnósticos específicos para otimizar a recuperação da fala. Tais procedimentos são atualmente ausentes para os distúrbios adquiridos da fala, por isso o objetivo principal deste projeto é o de proporcionar um diagnóstico preciso que irá resultar num tratamento apropriado e eficiente. Distúrbios adquiridos da fala recaem em duas categorias principais: controle orofacial desordenado e habilidades cognitivo-linguísticas desordenadas. Enquanto isso parece ser simples, as alterações motoras advindas da Apraxia e os distúrbios cognitivo-linguísticos da Afasia geralmente co-ocorrem nos pacientes e os seus respectivos sintomas são frequentemente confundidos (4 *, 5 *, 6 *). Um diagnóstico preciso de Apraxia na também presença de Afasia é fundamental para o sucesso da reabilitação, quando o resultado desejado é o de melhorar a capacidade de falar. Um programa de reabilitação estruturado em torno de construções linguísticas não obterá sucesso se o paciente não puder controlar as estruturas orofaciais necessárias para articular uma resposta. Nestes casos, a estratégia de reabilitação deve observar os princípios que regem a aprendizagem do sistema motor (7, 8*, 9*). (AU)