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A expressão da recursividade em Pirahã: documentação, descrição e análise (Mura)

Processo: 13/11693-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de setembro de 2013
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2014
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Maria Filomena Spatti Sandalo
Beneficiário:Glauber Romling da Silva
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:12/17869-7 - Fronteiras e assimetrias em fonologia e morfologia, AP.TEM
Assunto(s):Línguas indígenas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:descrição | Documentação de Línguas | Ferramentas de extração de dados linguísticos | recursividade | Línguas Indígenas

Resumo

Este projeto tem dois objetivos interconectados: (I) documentar e descrever os principais aspectos da fonologia e da morfossintaxe da língua Pirahã (Mura) e (II) investigar teoricamente a expressão da recursividade nessa língua. Recentemente, o Pirahã suscitou acirrado debate internacional sobre os limites, ou mesmo a existência, da recursividade (Everett, 2005; Nevins et alii 2009a, 2009b; Everett, 2009), como "pedra angular" da capacidade humana de linguagem (Hauser, Chomsky & Fitch, 2002). Descobertas recentes mostram que a presença/ausência de estruturas recursivas é uma evidência fundamental para a parametrização durante o período de aquisição (Snyder, 2005; Roeper & Snyder, 2005, (a aparecer)). O Pirahã oferece evidências para uma recursividade sintática limitada (Nevins et alii (2009a, 2009b), Rodrigues & Sandalo, (2013)), pois seleciona um subconjunto das possibilidades gramaticais providas pela UG (universal grammar). Nesse contexto, buscaremos (I) mapear quais são as categorias lexicais e funcionais que são recursivas em Pirahã; (II) que tipo de recursividade expressam; (III) em que nível a expressam; (IV) em que grau de restrição operam; e, sobretudo, (V) que restrições locais operam. Paralelamente a esses objetivos mais teóricos, construiremos acervo digital contendo sessões de áudio e vídeo resultantes da gravação de eventos verbais anotadas (transcrição, tradução, glosagem e notas) e acompanhadas de metadata. Para isso utilizaremos o programa de gestão de base de dados FLEx (sil.org), o criador de metadata Arbil (Withers (2009)), o anotador ELAN (Slotjes & Wittenburg (2008)) e o formatador de dicionários (sil.org). Os desdobramentos esperados são uma gramática descritiva e um léxico em formato de dicionário. Parte deste acervo será incorporada ao Corpus Tycho Brahe (Galves & Faria, 2011) (doravante, CTB) e, como modelo de arquitetura de acervo, isso poderá servir como catalisador para a agregação e adaptação de outros materiais sobre línguas indígenas e/ou pouco documentadas. A vantagem dessa incorporação é que o CTB provê anotação sintática e é capaz de gerar hipóteses sobre seus padrões. Dessa forma, aliamos o poder de uma ferramenta computacional de documentação à investigação teórica de uma língua natural humana. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
SADLIER-BROWN, EMILY; SALLES, RAIANE; SALOMON, ISABEL. Exploring variation and change in a small-scale Indigenous society: the case of (s) in Piraha. LINGUISTICS VANGUARD, v. 8, p. 11-pg., . (13/11693-7)

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