Expressão, purificação, e análise de toxinas do sistema toxina-antitoxina (TA) de Xylella fastidiosa

Resumo

A formação de biofilme é considerada o principal mecanismo de patogenicidade de Xylella fastidiosa. Células em biofilme apresentam vantagens adaptativas, como maior resistência a uma vasta gama de agentes microbianos, o que causa uma dificuldade maior no controle da população bacteriana. Outro mecanismo associado a tolerância a compostos antimicrobianos é a formação de células persistentes, que não se multiplicam nem morrem na presença de agentes bactericidas. Foi verificado pelo nosso grupo que a indução de células persistentes em X.fastidiosa está relacionada com a expressão do sistema toxina-antitoxina (TA) tipo II, em que ambas as toxina e antitoxina são proteínas. Há vários genes do sistema TA encontrados no genoma de X.fastidiosa, e muitos deles foram anotados como hipotéticos. Estudos feitos pelo grupo mostram que estes genes têm uma implicação direta na planta hospedeira, onde mesmo após a ação dos compostos antimicrobianos em doses elevadas as células persistentes poderiam ainda se recuperar e recolonizar o ambiente. Isto pode representar uma importante estratégia para a sobrevivência da população. A proposta desde trabalho é verificar o efeito tóxico de algumas toxinas do sistema TA de X.fastidiosa quando em contato com outras bactérias. Especula-se que elas sejam secretadas pela célula devido ao fato de apresentarem tamanho reduzido. Será determinado o possível efeito tóxico de algumas toxinas no crescimento de Xylella fastidiosa, Xanthomonas citri e Curtobacterium flaccumfaciens. (AU)