Participação das proteínas ezrina, radixina e moesina (ERM proteins) na invasão celular por amastigotas extracelulares de Trypanosoma cruzi.

Resumo

Doença de chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi (T. cruzi) e afeta mais de 10 milhões de pessoas no mundo (OMS). A invasão celular por formas amastigotas extracelulares de T. cruzi (EAs) é mediada por complexos eventos de sinalização celular em que estão envolvidas moléculas tanto do hospedeiro quanto do parasita. Nesse contexto, estudos recentes tem demostrado que os microdomínios de membrana da célula hospedeira desempenham um papel importante nos eventos sinalização e invasão de EAs. Sabe-se também da forte correlação entre os microdomínios de membrana e os eventos na remodelação do citoesqueleto de actina, um dos principais componentes celulares que atuam no processo de internalização de EAs. Para que ocorra a interação entre o citoesqueleto de actina e os microdomínios de membrana, há proteínas que se ligam tanto no citoesqueleto de actina quanto nos microdomínios de membrana, atuando como mediadoras dos eventos na dinâmica do citoesqueleto de actina e da membrana celular. Algumas das proteínas que medeiam essa interação são ezrina, radixina e moesina, formando o grupo de proteínas chamado ERM proteins. Resultados preliminares em nosso laboratório demonstraram a presença da proteína ezrina nas taças de EAs que se formam no momento da internalização desses parasitas e que já foram descritas por serem estruturas ricas em actina. Esse projeto visa, portanto estudar a invasão celular por EAs focalizando na correlação entre os eventos de mudanças no citoesqueleto de actina e microdomínios de membrana tendo como mediadores chave as proteínas ERM.