Formação de biofilmes em diferentes mutantes nulos de Salmonella enterica.

Resumo

Salmonella Enteritidis emergiu como um grande problema avícola e de saúde pública no Brasil a partir de 1993. O uso indiscriminado de antibióticos em aves aumentou a resistência antimicrobiana em cepas de origem humana. Os levantamentos realizados no ano de 2001 continuaram a mostrar que S. Enteritidis em materiais avícolas é o principal sorovar responsável pelas infecções humanas. S. Enteritidis é capaz de formar biofilme e sobreviver por longo prazo no ambiente de granja e contaminar a carne de aves e ovos. Vários genes estão envolvidos na formação do biofilme, que expressam componentes principais e essenciais do biofilme, como a matriz extracelular. Uma vez estabelecido o biofilme, são difíceis de erradicar, por apresentarem alta resistência, comparado as células planctônicas e, tornando uma causa de graves problemas na indústria e para a saúde pública. O procedimento mais indicado para o controle de S. enterica na avicultura está na aquisição e produção de lotes livres do agente. O projeto visa aperfeiçoar o conhecimento da formação do biofilme em amostras e/ou linhagens de S. Enteritidis e S. enterica Typhimurium e em mutantes nulos para os genes ihfA, ihfB, ihfAB, fis, hupA, hupB, hupAB, hfq, rpoS, STM0341 e ssvA, obtendo informações sobre a importância desses genes na formação de biofilmes. Espera-se que os resultados obtidos contribuam para um controle de S. enterica.