Avaliação dos resultados tardios, clínicos e comportamentais, de pacientes submetidos às cirurgias para correção de hipospádia e fimose na infância

Resumo

A hipospádia caracteriza-se pelo desenvolvimento incompleto da uretra e posicionamento ventral do meato uretral, e está entre as anomalias congênitas mais frequentes entre meninos. Existem muitas técnicas cirúrgicas para a sua correção. Em muitos casos, há também hipodesenvolvimento peniano com percepção genital negativa e medo sobre a masculinidade futura. As complicações pós-cirúrgicas e re-operações também causam insatisfação. Estudos comportamentais analisaram o impacto emocional destes fatores, comparando estes pacientes com outros sem patologias genitais ou submetidos à cirurgias extragenitais. Para tentar diferenciar se estas alterações estariam associadas à patologia hipospádia, ao hipodesenvolvimento peniano, à idade do paciente no momento da cirurgia, serão comparados nos aspectos comportamental e funcional, crianças operadas de hipospádias com aquelas submetidas à postectomia pelo Serviço de urologia da Faculdade de Medicina de Botucatu entre 1986 a 2002 e que tenham 18 anos ou mais em 2012. A análise funcional e comportamental será realizada por meio de avaliação clínica; Inventário de Auto-avaliação para Adultos de 18 a 59 anos (Adult Self-Report - ASR); Índice Internacional De Função Erétil (IIFE - 5); Questionário Da Qualidade De Vida; Escala de Autoeficácia Sexual - Função Erétil (Sexual Self-Efficacy Scale - Erectile Functioning SSES-E) e exame de urofluxometria.(AU)