Citotaxonomia de triatomíneos: A citogenética como ferramenta no estudo do complexo Triatoma brasiliensis e do subcomplexo Brasiliensis

Resumo

Os triatomíneos pertencem a Ordem Hemiptera, Subordem Heteroptera, Família Reduviidae e Subfamília Triatominae. A identificação específica e a sistemática dos triatomíneos têm se pautado fundamentalmente em observações morfológicas, principalmente por meio de microscopia de luz. Schofield e Galvão, em 2009, propuseram a classificação destes organismos em subcomplexos específicos e, para agrupá-los, utilizaram, principalmente, a disposição geográfica e os caracteres morfológicos como parâmetros. O subcomplexo Brasiliensis é composto por nove espécies: Triatoma brasiliensis, T. juazeirensis, T. melanica, T melanocephala, T. petrochiae, T. lenti, T. sherlocki, T. tibiamaculata e T. vitticeps. Costa e colaboradores, por meio da análise de diferentes aspectos, como dados morfológicos, biológicos, isoenzimáticos e ecológicos, classificaram as subespécies T. b. brasiliensis e T. b. macromelanosoma e as espécies, T. juazeirensis e T. melanica no complexo T. brasiliensis. Em 2009, por meio da reconstrução filogenética com DNA mitocondrial, foi proposta a recente inclusão T. sherlocki no complexo. Assim, o presente trabalho descreve citogenéticamente as espécies T. lenti, T. sherlocki, híbridos experimentais (F1) e (F2) produzidos do cruzamento entre T. lenti e T. sherlocki, T. melanocephala e T. vitticeps, com o intúito de avaliar citotaxonômicamente a classificação atual desses organismos morfológicamente relacionados. Além disso, compararemos as características citogenéticas desses organismos com os triatomíneos pertencentes ao complexo T. brasiliensis e ao subcomplexo Brasiliensis, a fim de proporcionar mais uma ferramenta na problemática envolvida na classificação desses organismos.