Caracterização do estado de portador assintomático de dermatófitos em felinos da raça Persa criados em domicílios ou em criatórios particulares na cidade de São Paulo

Resumo

Na medicina veterinária, a ocorrência de dermatopatias em pequenos animais pode ultrapassar 30% do total de casos clínicos atendidos. As dermatofitoses são infecções fúngicas superficiais, que acometem porções queratinizadas ou semi-queratinizadas do tegumento e de fâneros. São pouco frequentes em cães, entretanto o são assaz comum em gatos, especialmente aqueles de pelame longo e raça definida, sendo a Persa a mais predisposta. Em face da magnitude de ocorrência dos casos de dermatofitose em gatos domésticos, associado ao seu potencial papel de reservatório e disseminador da zoonose, mormente, de felinos assintomáticos da raça Persa, tem-se como objetivo caracterizar a freqüência de isolamento de dermatófitos nestes animais. Avaliar-se-ão, cerca de 30 animais hígidos da espécie felina, da raça Persa, machos ou fêmeas, de qualquer faixa etária, procedente de domicílios ou de criatórios particulares. Afora a inspeção direta recorrer-se-á interposição da Lâmpada de Wood, à otoscopia (Welch Allyn Otoscope) e, se necessário, a exame parasitológico de: pelame, raspado cutâneo e de cerúmen. Os animais selecionados serão submetidos à colheita de pelame, utilizando-se quadrados (5x5cm) de carpete estéril, friccionados por toda a superfície tegumentar. Após a colheita, o material será decalcado em placas de Petri contendo Agar Sabouraud dextrose (DIFCO®) e incubado a 25°C por 21 dias no Laboratório de Fungos Dimórficos Patogênicos (ICB-USP). Quando da evidenciação de crescimento de dermatófitos, serão estes identificados por análise morfológica, utilizando-se da técnica da colônia gigante e pela morfologia microscópica por microcultivo em lâmina. Os resultados serão tabulados e analisados segundo a positividade em função do sexo e idade.(AU)