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Vocalização e preferência sexual na taxonomia de Testudinidae brasileiros

Processo: 12/04937-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de julho de 2012
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2012
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Taxonomia dos Grupos Recentes
Pesquisador responsável:Claudia Regina Bonini Domingos
Beneficiário:Tayrone Luis Coltro Pereira
Instituição Sede: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. São José do Rio Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Comunicação animal   Vocalização   Testudinidae   Jabutis
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Chelonoidis | Comunicação intraespecifica | Preferência Sexual | Testudinidae | Vocalização | Comunicação Animal

Resumo

A ordem Testudines é um grupo importante em estudos taxonômicos por possuir história filogenética única, visto que mantêm características altamente conservadas ao longo de sua evolução. A família Testudinidae é representada exclusivamente por animais terrestres, e possui aproximadamente 40 espécies. A espécie Chelonoidis carbonaria, popularmente conhecida como Jabuti-piranga ou Jabuti-de-patas-vermelhas, apresentam carapaça convexa de cor cinza à marrom ou preta, com desenhos simétricos vermelhos ou amarelados. e apresenta ao longo de sua distribuição, um morfotipo, doravante denominado Chelonoidis carbonaria*. A espécie Chelonoidis denticulata popularmente conhecida como Jabuti-tinga ou Jabuti-de-patas-amarelas, possui a cabeça e patas amarelas e a escama nasal preta. A espécie C. denticulata ocorre em florestas tropicais, enquanto que C. carbonaria é encontrada em uma gama mais ampla de ambientes, incluindo florestas secas e áreas de vegetação florestal em cerrados. Entretanto, em várias localidades, essas espécies ocorrem em simpatria, especialmente em regiões de transição entre florestas e cerrado. A Floresta Amazônica permite um fluxo gênico entre as populações de C. denticulata, estabelecendo populações geneticamente homogêneas. No caso da espécie C. carbonaria, por habitar preferencialmente áreas abertas pode ter evoluído por processo vicariante, resultando em populações com estrutura genética distinta. Foi relatada a existência de populações de C. carbonaria divergentes em relação à haplótipos de DNA mitocondrial, e que apresentavam morfologia distinta do padrão da espécie. Tais dados questionam a idéia vigente de que a espécie C. carbonaria corresponde a uma única unidade taxonômica. Os comportamentos de corte e de cópula de jabutis são baseados em um sistema que envolve sinais visuais, táteis, olfativos e acústicos. A vocalização é um sinal dependente da condição fisiológica, e que reflete o fitness do macho, podendo representar, em algumas espécies de Testudinidae, um sinal que influencia a escolha de parceiro pelas fêmeas. Assim sendo, a vocalização pode representar um sinal espécie-específico, possibilitando às fêmeas rejeitar parceiros de espécies simpátricas. A avaliação taxonômica em nível de espécie deve ocorrer de forma criteriosa e levar em consideração o maior número de características independentes possíveis, o que evita a nomeação errônea de táxons e alterações inapropriadas na lista de espécies. Aspectos comportamentais como a comunicação intraespecífica podem se mostrar tão confiáveis quanto dados morfológicos ou moleculares para inferir relações evolutivas. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo fornecer dados adicionais à elucidação da taxonomia dos Testudinidae brasileiros, por meio da utilização da vocalização durante a cópula e a preferência de machos e fêmeas por chamadas intraespecíficas. (AU)

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