Estudo do potencial antibacteriano, mutagênico e citotóxico do extrato hidroalcoólico bruto das folhas de Copaifera trapezifolia

Resumo

A cavidade bucal alberga uma microbiota com diferenças marcantes em sua composição, as pesquisas clínicas têm correlacionado a associação entre esses micro-organismos e infecções bucais, como cárie dental, doença periodontal e infecções endodônticas. A cárie dental é uma doença infecciosa do tecido duro (dente) de origem bacteriana que resulta na dissolução do esmalte dentário, já as infecções endodônticas podem ser causadas por várias espécies bacterianas que atingem a cavidade pulpar através da cárie dental, túbulos dentinários expostos, exposição pulpar direta, procedimentos restauradores, canais laterais de dentes com comprometimento periodontal e pela corrente sanguínea. Nos últimos 20 anos, o interesse pelas plantas medicinais tem aumentado o volume de investigações científicas sobre seus efeitos biológicos em seres humanos e animais; o estudo destas pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos fitoterápicos que ostentem o tripé segurança, eficácia e qualidade. O gênero Copaifera popularmente conhecidas como copaibeiras, pau d'óleo e copaíbas, são encontradas facilmente nas Regiões Amazônica e Centro-Oeste do Brasil. Desde o século XVI o óleo de copaíba vem sendo utilizado na medicina popular como tratamento de várias doenças como sífilis, bronquite, sinusite, inflamação de garganta, pneumonia, dermatite, eczema, e como antimicrobiano, anticancerígeno, antitumoral, entre outras. A espécie C. trapezifolia é conhecida assim porque suas folhas possuem forma de trapézio. A sua distribuição é restrita às áreas de Mata Atlântica localizadas principalmente nas regiões sudeste e sul do Brasil. Poucos estudos relativos à C. trapezifolia podem ser encontrados na literatura apenas a composição do óleo essencial das folhas foi investigado. Em face das propriedades biológicas apresentadas pelo gênero Copaifera, torna-se relevante o estudo do extrato hidroalcoólico bruto das folhas da espécie C. trapezifolia; estudo este que explora de maneira eficiente o potencial farmacológico dessa espécie encontrada somente na rica flora existente em nosso país. A metodologia para a avaliação da atividade antibacteriana in vitro será realizada pelo método da concentração inibitória mínima, concentração bactericida mínima, índice de concentração inibitória fracionada, sensibilidade do biofilme e cinética bacteriana. A avaliação mutagênica será por meio do teste Salmonella/microssoma e Teste do Micronúcleo. O potencial citotóxico do extrato hidroalcoólico bruto das folhas de C. trapezifolia será avaliado por meio do ensaio de eficiência clonogênica. Estes estudos são valiosos instrumentos e devem contribuir para o melhor entendimento das atividades biológicas da espécie C. trapezifolia.