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Comparação da dieta de trinta-réis (Sternidae) entre áreas de invernada e reprodução através de observação direta, regurgitos e uso de isótopos estáveis no sudeste-sul do Brasil

Processo: 11/19610-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2012
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2012
Área do conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Oceanografia - Oceanografia Biológica
Pesquisador responsável:Thais Navajas Corbisier
Beneficiário:Hélio Augusto Alves Fracasso
Instituição Sede: Instituto Oceanográfico (IO). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Dieta   Aves aquáticas   Isótopos estáveis
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Áreas de invernada | Áreas de reprodução | Aves marinhas | dieta | isotopos estáveis | Análise de isótopos estáveis

Resumo

Entre as aves marinhas, as trinta-réis são particularmente sensíveis à escassez de alimentos, pois suas reservas de energia são pequenas e o tempo necessário para forrageamento é longo. No Brasil a dieta em colônias reprodutivas foi descrita em Santa Catarina, enquanto que investigações sobre a ecologia alimentar da trinta-réis comum (Sterna hirundo) usando pelotas regurgitadas em áreas de invernada foram realizadas no Rio Grande do Sul e em Punta Rasa, Argentina. O uso de isótopos estáveis permite verificar contribuições relativas de alimentos marinhos e terrestres para as dietas de várias espécies através de carbono, rastrear as origens de animais migratórios de áreas de reprodução e invernada usando deutério, carbono e nitrogênio e o impacto de atividades humanas. A abordagem isotópica não substitui as técnicas convencionais (observação direta, regurgito, pelotas fecais, telemetria, etc.), onde informações detalhadas são obtidas, particularmente quando várias opções de dieta estão disponíveis. No entanto, vantagens importantes no uso de isótopos estáveis em estudos da dieta incluem a estimativa dos alimentos assimilados e não apenas ingeridos, e a obtenção de informações comparativas de longo prazo. Penas e sangue são cada vez mais utilizados por ecologistas para o estudo de isótopos estáveis em aves. Além de ser um método não destrutivo, as penas são formadas em diferentes épocas do ano e podem potencialmente dar acesso à informação alimentar abrangendo diferentes escalas temporais e espaciais. No Brasil o uso de isótopos estáveis na análise da dieta em aves marinhas ainda é incipiente e essa técnica que está sendo utilizada na Argentina auxiliará a compreensão da trama trófica das espécies que nidificam no litoral paulista e catarinense (Sterna hirundinacea, Thalasseus acuflavidus, Thalasseus maximus) e utilizam as áreas de invernada em praias de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para alimentação e descanso. Duas das espécies de trinta-réis, T. maximus e S. hirundinacea são consideradas ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo, conforme o Decreto Estadual nº 42.838/98, enquanto que T. maximus é considerada ameaçada no Brasil (Lista Oficial IBAMA, 2003). A hipótese deste trabalho é de que as assinaturas de ´13C e ´15N nas amostras de sangue e penas obtidas em locais de reprodução sejam diferentes das áreas de descanso, fornecendo uma ferramenta para o manejo e conservação destas espécies, já que o alimento é um dos fatores limitantes para o sucesso reprodutivo e qualquer alteração nas condições ecológicas em áreas de descanso e migração podem resultar em conseqüências prejudiciais no modo de vida e condição corporal.

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