Bolsa 11/18402-2 - Ginecologia, Sistema Único de Saúde - BV FAPESP
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Fatores associados ao diagnóstico e encaminhamento tardio da mulher com dor pélvica crônica ao serviço especializado e a importância da participação dos médicos da rede básica de saúde

Processo: 11/18402-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2011
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2012
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Omero Benedicto Poli Netto
Beneficiário:Plínio Kazuo Prizon Kajiwara
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Ginecologia   Sistema Único de Saúde   Serviços de saúde   Dor pélvica   Pessoal de saúde   Mulheres   Entrevistas (psicologia)   Estudos transversais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:dor pélvica crônica | Educação Médica | Sistema Único de Saúde | Ginecologia

Resumo

A dor pélvica crônica na mulher é uma das causas mais frequentes de procura recorrente aos serviços de saúde e, portanto, um problema de saúde pública. Recentemente realizamos um estudo onde observamos que a prevalência da doença em Ribeirão Preto é de 11,5% e cirurgia abdominal (particularmente cesárea), dentre outros, é um dos principais fatores de risco associados à condição clínica. Este estudo foi devidamente avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HC-FMRP-USP e aprovado em 22/11/2006, nº do documento 12964/2006. Esse estudo incluiu apenas mulheres entrevistadas junto à comunidade. Notamos que embora 90% delas fossem atendidas regularmente em unidades básicas de saúde e se queixavam da condição clínica, apenas 4% sabiam do diagnóstico e nenhuma delas havia sido encaminhada para um serviço de referência, mesmo sendo a média de duração dos sintomas de aproximadamente 52 meses. Paralelamente, analisando o perfil das mulheres entrevistadas e das pacientes atendidas no ambulatório especializado do HCFMRPUSP, notamos que esse grupo se diferencia em três quesitos fundamentais: intensidade de dor, duração da sintomatologia e sintomas clínicos adicionais (dispareunia, dismenorréia, queixas urinárias e intestinais) - mais frequentes no último grupo. É sabido que esses elementos são um dos principais complicadores na abordagem das mulheres com DPC, dificultando o diagnóstico e, não raramente, dificultando o tratamento. Paralelamente, desenvolvemos outro estudo que foi recentemente enviado para publicação e está sendo avaliado, no qual estudamos as expectativas de profissionais médicos frente ao atendimento da mulher com dor pélvica crônica. E os resultados foram surpreendentes: quase a totalidade tem dificuldades em compreender de forma holística o problema e atribuiu isso a limitações de informações adquiridas durante a graduação médica. Assim, elaboramos, inicialmente, algumas hipóteses frente aos nossos resultados: 1- mulheres portadoras de dor pélvica crônica não estão recebendo o diagnóstico da doença precocemente; 2- mulheres portadoras de dor pélvica crônica estão sendo avaliadas tardiamente nos serviços especializados. Objetivos: 1- Identificar as características que distinguem essas duas populações (mulheres portadoras de DPC atendidas em unidade especializada e mulheres portadoras de DPC atendidas na rede básica de saúde); 2- Verificar qual o conhecimento que os profissionais da rede municipal de saúde têm sobre a DPC. Métodos: estudo transversal. Resultados esperados: caracterizar epidemiologicamente a dor pélvica em nosso meio fornecendo bases para novos estudos de intervenção visando reduzir seu impacto. Conscientização dos profissionais da saúde sobre a importância do diagnóstico precoce e do encaminhamento adequado aos serviços especializados. Aumento da resolutividade nos serviços especializados. Pretendemos concluir duas orientações de iniciação científica e apresentar o estudo em evento específico de iniciação científica e em um congresso nacional ou internacional de ginecologia e obstetrícia. O estudo tem importância social, científica e de formação de pessoal e tem potencial para publicação em uma revista qualis A internacional (Medicina III).(AU)

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