Efeitos da dieta hiperlipídica materna pré e pós-natal, sobre a sua prole adulta: estudo em modelos comportamentais de depressão, ansiedade e agressão em ratos

Resumo

Estudos recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que o número de pessoas com sobrepeso e/ou obesidade tem aumentado no Brasil. Neste contexto, a alta prevalência de sobrepeso ou obesidade em mulheres com idade fértil parece estar associada ao consumo de dietas com alto teor lipídico. Portanto, é fundamental investigar as conseqüências desta nutrição materna durante os períodos de gestação e/ou lactação sobre o desenvolvimento cerebral da sua prole. Investigações prévias sugerem que a obesidade materna ou a exposição materna a dietas obesogênicas (por ex. hiperlipídica) podem alterar permanentemente a estrutura e a função cerebral da prole, possivelmente gerando alterações morfofuncionais. Ademais, estudos também demonstraram que a utilização de dieta hiperlipídica durante períodos críticos do desenvolvimento encefálico (pré e/ou pós-natal) pode modular efeitos persistentes sobre os sistemas neurotransmissores, tais como o serotoninérgico e dopaminérgico, ocasionando aumento da incidência de transtornos neurocomportamentais. Assim sendo, o presente projeto de pesquisa investigará o desempenho da prole adulta, de ratas submetidas à dieta com alto teor de gordura durante os períodos pré ou pós-natal, em modelos experimentais de depressão (teste do nado forçado) ansiedade (Labirinto em Cruz Elevado) e agressividade (foot-shock). (AU)