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Expressão de IL-17 e Foxp3 em lesão de pacientes com diferentes formas clínicas de Leishmaniose Tegumentar Americana causadas por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (Viannia) braziliensis.

Processo: 11/12564-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de setembro de 2011
Vigência (Término): 31 de agosto de 2013
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Protozoologia de Parasitos
Pesquisador responsável:Claudia Maria de Castro Gomes
Beneficiário:Izildinha Benedita de Morais
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Imunopatologia   Leishmaniose cutânea   Proteína forkhead box P3   Interleucina-17   Leishmania mexicana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Foxp3 | Il-17 | Leishmania (Leishmania) amazonensis | Leishmania (Viannia) braziliensis | Leishmaniose Tegumentar Americana | Imunopatologia

Resumo

No Brasil, apesar de muitas espécies de Leishmania causarem Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), a Leishmania (Viannia) braziliensis e Leishmania (Leishmania) amazonensis são as principais espécies patogênicas para o homem. Dependendo da espécie do parasita e a resposta imune do hospedeiro, há diferentes formas clínicas de LTA: Leishmaniose Cutânea Localizada (LCL), Leishmaniose Cutâneo-Mucosa (LCM), Leishmaniose Cutânea Anérgica Difusa (LCAD) e a Leishmaniose Cutânea Disseminada Borderline (LCDB). Na elaboracão da resposta imune, a Leishmania é um parasita obrigatoriamente intracelular e a célula alvo é o macrófago. Embora estes sejam as principais células efetoras na eliminação da Leishmania, são também capazes de manter o parasita no seu interior, permitindo sua replicação. Os mecanismos envolvidos na ativação dos macrófagos são complexos e incluem uma rede de citocinas e espécies reativas de oxigênio e nitrogênio durante a ativação da resposta imune. As células T CD4+CD25+Foxp3+ (Treg) e Th17 são hoje, duas subpopulações de células T CD4+ amplamente aceitas, com importantes funções na indução e controle da resposta inflamatória. Essas células também desempenham papel essencial na homeostase imune. Trabalhos recentes da literatura tem mostrado um papel da célula TregFoxp3+ na resposta imune da leishmaniose cutânea. Em infecções experimentais por Leishmania major, foi observada em camundongos susceptíveis, uma supressão da resposta imune excessiva mediada pelas células Th2. Em camundongos resistentes, a Treg controla a resposta Th1 permitindo a persistência do parasito. Em lesões de LTA causadas por L.(V.) braziliensis e L. (L.) amazonensis, foi mostrado acúmulo de células Treg e secreção de IL-10 e TGF-b por estas células, que favorecem o controle da resposta imune mediada pelas células T efetoras. Relatos recentes mostraram também, maior expressão de células Foxp3+ na LCAD em relação à LCL. Células Th17 são caracterizadas pela produção de IL-17, que se constitui em uma citocina pró-inflamatória secretada primariamente por células T CD4+ e CD8+. Células Th17 mostraram um papel de proteção na infecção, ajudando a promover a eliminação do patógeno, pelo maior recrutamento de neutrófilos para o sítio de infecção e ativação dos macrófagos. Poucos são os estudos realizados para avaliar o papel da IL-17 em doenças infecciosas humanas. Na LV humana, IL-17 foi associada à citocinas Th1, relacionadas à proteção. Foi observada também uma correlação entre as células IL-17+ e a intensidade do infiltrado inflamatório na infecção por L.(V.) braziliensis, altos níveis de citocinas relacionadas a células Th17 também foram observados em áreas de dano tecidual com infiltrado neutrofílico. Diante do exposto, observa-se que embora a resposta imune nas leishmanioses esteja bem caracterizada, existem ainda muitos aspectos a esclarecer, principalmente no que se refere ao amplo espectro de doença humana. Deste modo, o presente trabalho visa avaliar o perfil das células Th17 e T regulatórias, através da expressão do Foxp3 e IL-17 em lesões cutâneas das diferentes formas clínicas da LTA causadas por L.(V.) braziliensis e L.(L.) amazonensis, com vistas a uma melhor compreensão do papel dessas células na imunopatogênese dessa importante endemia que acomete várias regiões do Brasil.

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