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Caracterização de riscos à Floresta Atlântica associados à contaminação atmosférica por elementos tóxicos, no entorno de uma refinaria de petróleo, em Cubatão/São Paulo, com plantas acumuladoras

Processo: 11/12969-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Vigência (Início): 01 de setembro de 2011
Vigência (Término): 31 de julho de 2014
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Pesquisador responsável:Marisa Domingos
Beneficiário:Ricardo Keiichi Nakazato
Instituição Sede: Instituto de Botânica. Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Monitoramento ambiental   Riscos ambientais   Poluição atmosférica   Refinarias   Poluentes industriais   Enxofre   Nitrogênio   Metais pesados   Mata Atlântica   Cubatão (SP)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Contaminação atmosférica | Enxofre | Mudança de perfil de emissão de poluentes | nitrogênio e metais pesados | plantas acumuladoras | refinaria de petróleo | Riscos à Floresta Atlântica | Monitoramento Ambiental

Resumo

Porções de Floresta Atlântica na região da Serra do Mar, em Cubatão são afetadas por poluentes como os dióxidos de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e Material Particulado (MP). A contaminação atmosférica por tais poluentes pode ser atribuída à emissão de várias indústrias, com diversos ramos de atividade no local. A Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) contribui significativamente com essa emissão devido não somente às suas etapas de produção, mas também à queima de óleo em caldeiras para a geração de energia e vapor. Esse sistema gerador de energia está sendo trocado por um processo tecnologicamente moderno (usina termelétrica movida a gás natural), esperando-se, portanto, uma redução nos níveis de contaminação atmosférica, principalmente relacionada a NOx, SO2 e MP, no entorno da refinaria, onde porções de Floresta Atlântica ocorrem. Em consequência, é possível supor que os riscos impostos por esses poluentes à floresta diminuirão e que essa mudança ambiental poderá ser detectada biologicamente por Lolium multiflorum ssp. italicum cv. Lema, Tibouchina pulchra Cogn. e/ou Psidium guajava 'Paluma', plantas reconhecidamente acumuladoras de elementos tóxicos contidos nos mencionados compostos poluentes (enxofre, nitrogênio e metais pesados), tomando por base estudos anteriormente realizados. Assim, um biomonitoramento está sendo executado na região, abrangendo o período compreendido entre a fase de queima de óleo em caldeiras e a de operação rotineira do novo sistema de geração de energia e vapor. O projeto, iniciado como de mestrado, foi redimensionado para doutorado direto e tem como objetivos: identificar, entre as três espécies, qual será a com maior potencial acumulador e mais apropriada para biomonitoramento na região; avaliar se haverá uma mudança nos riscos biológicos à Floresta Atlântica associados a enxofre, nitrogênio e metais pesados, no entorno da RPBC, em função da troca do sistema de geração de energia e vapor, utilizando a espécie com maior potencial acumulador e verificar se a mudança no perfil de contaminação atmosférica prevista resultará em diminuição dos riscos impostos por elementos tóxicos à Floresta Atlântica na região. O estudo terá três etapas experimentais: indicação da espécie acumuladora mais apropriada (realizada entre abril/2009 e fevereiro/2010); estudos em câmaras de topo aberto com ar filtrado e não filtrado (julho/2010 a março/2012) e biomonitoramento de mudanças no perfil de contaminação atmosférica (abril/2009 a julho/2012). As etapas experimentais de campo serão realizadas em até sete pontos distribuídos no entorno da refinaria e próximos às encostas da Serra do Mar, e em um oitavo ponto em uma região menos afetada pelos poluentes do pólo industrial (Vale do Rio Pilões). A etapa a ser realizada nas câmaras de topo aberto ocorrerá em um desses pontos. Ao longo das etapas experimentais, lotes distintos de plantas de L. multiflorum permanecerão nos locais por 28 dias e de T. pulchra e P. guajava por 84 dias. Ao final de cada período, serão determinadas as concentrações foliares nitrogênio (método de Kjeldahl), enxofre (por turbidimetria) e metais pesados (por espectrometria de emissão ótica com plasma induzido). Após a definição da espécie mais apropriada, o biomonitoramento seguirá somente com a espécie selecionada até o final do período amostral. Em todas as etapas experimentais, análises de variância seguidas de testes de comparações múltiplas serão realizadas para identificar diferenças entre tratamentos (períodos, locais e/ou espécies acumuladoras em condições de campo ou nas câmaras de topo aberto). Análises multivariadas serão realizadas para verificar o quanto das variações nas concentrações dos elementos químicos nas plantas pode ser explicado por variações climáticas e nas concentrações de poluentes na atmosfera. (AU)

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