Escala de Metacognição: Evidências de validade, precisão e estabelecimento de normas.

Resumo

A capacidade do indivíduo de monitorar e auto-regular seus próprios processos cognitivos é um aspecto relevante para a aprendizagem, especialmente no âmbito escolar. Relatos mostram que alunos que não utilizam as habilidades de monitorar e auto-regular seus processos cognitivos apresentam rendimento acadêmico inferior aos que utilizam essas habilidades de maneira eficiente. Por meio de revisão prévia na literatura da área, constatou-se a carência de instrumentos nacionais que mensurassem a metacognição infantil, fato que motivou a elaboração da Escala de Metacognição (EMETA), destinada à população entre nove e 12 anos. Juntamente com a elaboração, realizou-se a análise das evidências de validade e precisão da escala durante a dissertação de mestrado da autora. Dando continuidade ao estudo anterior e tendo em vista que o processo de validação é cumulativo, o presente projeto tem como objetivo aperfeiçoar a escala existente por meio da aplicação sistemática em 25 alunos divididos em cinco grupos a fim de verificar o entendimento das instruções iniciais e de cada item individualmente. Após isso, realizar-se-á também aplicação da EMETA em 240 participantes para nova análise de evidências de validade e precisão do instrumento reformulado, como as baseadas na estrutura interna, na consistência interna e na relação com variáveis externas. Para esse último ponto serão realizadas comparações entre os escores obtidos pelos participantes na EMETA, seu desempenho na Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental - EAVAP-EF e suas notas escolares. Além disso, uma amostra de 400 participantes será selecionada com o objetivo de estabelecer as normas da escala de Metacognição para a população brasileira, em razão das faixas etárias por meio da realização do Teste-t com nível de significância de 0,05.