Regulacao hormonal do conteudo de heparam sulfato e da expressao da heparanase na prostata ventral de ratos.

Resumo

Relações estreitas entre o epitélio e o estroma são importantes para o desenvolvimento prostático, assim como na invasão tumoral que acontece nos estágios mais avançados do câncer de próstata. Na próstata, o crescimento e fisiologia epitelial dependem da expressão dos receptores para hormônios esteróides por alguns tipos celulares e das interações parácrinas que se desenvolvem a partir da resposta inicial a estes hormônios, associados a uma complexa interação com hormônios somatotróficos como insulina, prolactina e hormônio de crescimento. Além da regulação hormonal, há uma importante participação de várias enzimas com a habilidade comum de degradar vários componentes da matriz extracelular e que parecem ser efetores iniciais das modificações associadas ao crescimento epitelial em direção ao estroma. Dentre os componentes da matriz extracelular (MEC) destacam-se os proteoglicanos (PGs), compostos de um core protéico associado covalentemente pelo menos uma cadeia de glicosaminoglicano (GAG), envolvidos na manutenção das propriedades estruturais, mecânicas e biológicas da MEC. Um dos componentes da membrana basal é o proteoglicano de heparam sulfato (HSPG). A habilidade do heparam sulfato (HS) em interagir com vários componentes da MEC, sugere um papel chave para este GAG na manutenção da integridade estrutural da matriz. Dentre outros fatores reguladores, a presença de HS depende da atividade de uma enzima específica, a heparanase, uma endoglicosidadase de mamífero, que degrada HS tanto da MEC quanto de superfície celular. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é determinar as variações no conteúdo de HS e os níveis de expressão da HEPARANASE na próstata ventral de ratos adultos durante a regressão prostática obtida pela privação androgênica, procurando-se identificar novos elementos da comunicação epitélio-estroma na próstata. Para isto serão utilizadas técnicas de RT-PCR, Western Blotting, hibridação in situ e imunohistoquímica.