Bolsa 10/15723-0 - Epidemiologia, Saúde mental - BV FAPESP
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Saúde Mental e Hábitos de Sucção Não-Nutritivos: Estudo de coorte de São Luís do Maranhão.

Processo: 10/15723-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2011
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2011
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Odontologia - Odontologia Social e Preventiva
Pesquisador responsável:Maria da Conceição Pereira Saraiva
Beneficiário:Luiz Otavio Santella Taboga
Instituição Sede: Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Epidemiologia   Saúde mental
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:mental health | Non-nutritive sucking habits | oral health | pacifier | thumb sucking | Epidemiologia

Resumo

Os hábitos de sucção não nutritivos (HSNN) compreendem sucção de chupeta e de dígitos. Estes hábitos quando estabelecidos por curto período de tempo têm sido associados a fatores benéficos tais como fator protetor para morte súbta e estimulação precoce em prematuros. Apesar dos benefícios, quando utilizados por longos períodos de tempo, os HSNN podem resultar efeitos adversos dentre eles a maloclusão, otite média aguda, redução de aleitamento materno e disfunção de fala. Embora as consequências de hábitos não nutritivos sejam amplamente estudados, poucos são os estudos sobre os determinantes destes hábitos. Os poucos estudos populacionais demonstram que estes hábitos são mais frequêntes para o sexo masculino, em crianças que utilizam mamadeira, que possuem mães que trabalham fora do lar, e entre crianças cujos pais possuem mais baixo nível de escolaridade. Tanto o hábito da chupeta quanto o hábito de sucção digital são considerados por alguns autores como hábitos nervosos assim como roer unhas, puxar ou enrolar os cabelos, morder ou manipular objetos e ranger ou apertar os dentes. Encontramos apenas o estudo de Foster que ressalta que estes hábitos estão fortemente relacionados com o humor momentaneo da criança. Nenhum estudo no entanto, foi encontrado sobre a saúde mental associada aos hábitos não nutritivos de sucção, exceto uma avaliação realizada pelo nosso grupo de pesquisa com crianças da coorte de nascidos vivos de Ribeirão Preto de 1994 (artigo em redação). Em Ribeirão Preto, cerca de 23% das crianças possuiam hábitos não nutritivos persistentes após os 5 anos de idade. Neste estudo, o hábito não nutritivo persistente após os 5 anos de idade foi estatísticamente associado a sintomas emocionais aferidos pela escala de saúde mental "Strenght and Difficult Questionnaire" (SDQ). No entanto, os demais componentes da escala SDQ como conduta, hiperatividade, relacionamentos ou depressão não se mostraram estatísticamente associados aos hábitos não nutritivos persistentes. Informações semelhantes sobre hábitos não nutritivos e SDQ foram coletados em um estudo de coorte realizado em São Luís, Maranhão. Desta forma, o objetivo deste estudo é testar a hipótese de associação entre saúde mental e hábitos não nutritivos de sucção na coorte de nascidos vivos de São Luís. Métodos: a população de estudo consistirá de crianças do seguimento (2004/5) da Coorte de Nascidos Vivos de São Luis, Maranhão, de 1997. Este seguimento incluiu aproximadamente 1/3 da coorte original (n= 673) de 7 a 9 anos de idade sendo que houve sobre-amostragem de crianças que nasceram prematuras e de baixo peso. O desfecho será caracterizado como tempo de utilização de chupetas e/ou sucção digital. Esta variável será dicotomizada de acordo com a distribuição encontrada no estudo. A variável de exposição incluirá saúde mental e depressão avaliados respectivamente por meio dos instrumentos SDQ (Strengh and Difficulties Questionnaire - Questionário de Capacidades e Dificuldades) e CDI - (Children´s Depression Inventory - Inventário de Depressão). Fatores de confusão e covariantes a serem considerados serão : sexo, cor da pele, prematuridade, uso de mamadeira noturna, frequência em creche, número de irmaos, além de variáveis relacionadas a mãe como situação conjugal , trabalho fora do lar, idade, escolaridade (como indicador socioeconomico) e cor da pele. Análise descritiva será seguida de análise bivariada e estratificada utilizando-se o programa SUDAAN para amostras complexas, uma vez que a amostra contém sobre-amostragem de crianças que nasceram de baixo peso e prematuras. Utilizaremos modelos de equações generalizados com estimadores robustos para estimação de razão de prevalência. Os modelos serão construídos incluindo as variáveis significantes na análise bivariada além de possíveis fatores de confusão e as variáveis de exposição de interesse. O alfa a ser utilizado será de 0.05.

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