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Decifrar os sinais da intimidade: leituras de Al Berto

Processo: 10/14456-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de março de 2011
Vigência (Término): 31 de outubro de 2012
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:Annie Gisele Fernandes
Beneficiário:Leonardo de Barros Sasaki
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):11/24006-2 - Devassar o corpo de tinta: o espólio e a recepção crítica de al Berto, BE.EP.MS
Assunto(s):Intimidade   Poesia contemporânea   Literatura portuguesa
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Al Berto | Constituição do sujeito | Enumerações | intimidade | Objetos | poesia contemporânea | Literatura Portuguesa

Resumo

A obra de Al Berto insere-se em quadro estético no qual se recupera uma dicção mais afetiva e sentimental, se cultiva uma tônica no contato com a realidade mais imediata e se estreita (e também se embaralha) os vínculos entre vida e arte. Para melhor delinear esse contexto, evocam-se alguns conceitos teóricos tais como os de autenticidade, de poesia sentimental e ingênua ou ainda o de (não-)coincidência ente poema e poesia. Uma das questões de fundo fulcrais e aglutinadoras das características supracitadas é a intimidade ou, melhor, uma escrita da intimidade, que é atravessada pelas tensões e impasses do espaço biográfico contemporâneo. Como estratégia analítica, organiza-se a dissertação a partir dos dois movimentos constituintes da sondagem íntima: a objetivação do sujeito e a subjetivação dos objetos. Assim sendo, busca-se, primeiramente, discutir a noção de narcisismo poético e explicitar o processo de constituição daquilo que o poeta denominou de "texto-corpo" e suas figurações: "pequeno demiurgo", "o centro sísmico do mundo", "monge noctívago" e o "último habitante". Especificamente neste momento do trabalho, conceitos como os de trauma e abjeto auxiliam na leitura dos poemas. Na sequência, investiga-se a relação do sujeito poético, atento e solitário, com seus objetos cotidianos, que são considerados como sinais da realidade e do próprio indivíduo. Articula-se a essa análise o repetido uso estilístico de enumerações e inventários, manifesto de forma bivalente: uma, como expressão da fragmentação do mundo e, outra, como discurso de desconstrução e resistência. A estrutura da dissertação, portanto, tem caráter complementar se considerada em suas partes: tanto em uma quanto em outra, o que está em questão é a possibilidade de uma escritura da intimidade apresentada paradoxal e simultaneamente enquanto presença e ausência do real, enquanto afirmação e negação de uma subjetividade, enquanto assimilação e deslocamento dos lugares canônicos das escritas de si.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
SASAKI, Leonardo de Barros. Decifrar os sinais da intimidade: leituras de Al Berto. 2012. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.

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