Elegância e sutileza na concepção dos Templos Dóricos Gregos (Sécs V-II a.C.)

Resumo

Motivados pela passagem do livro IV, cap. I, § VIII, do manual De Arquitetura de Vitrúvio (ca. 30/20 a.C), que atesta uma legítima mudança na arquitetura grega, encorajados pelos desafios deixados por Mark Wilson Jones em seu último artigo (sobre metodologia de análise da arquitetura antiga e a aplicação dessa na abordagem modular do projeto dos templos dóricos gregos) e pela nossa própria experiência no assunto, que resultou na Dissertação de Mestrado "Geometria e Aritmética na Concepção dos Templos Dóricos Gregos" 2010, concatenamos ideias e fatos relevantes para apresentar um projeto de Doutorado atual, ou seja, procurar resultados fundamentais visando o avanço do debate corrente para uma questão que inquieta os especialistas no cenário internacional rumo a um melhor entendimento da arquitetura formal grega, uma grande lacuna na História da Arquitetura Ocidental. Apresentamos como proposta de trabalho revisar e atualizar a formação do architektôn, testar a Hipótese Modular de Wilson em planta, para os templos que o próprio autor analisou em elevação - dez templos dóricos do V século a.C. - e também testar a hipótese numa amostra de oito templos dóricos do século IV a.C, um templo dórico do III séc. a.C. e um templo dórico do II séc. a.C. período privilegiado por uma tradição de cinco séculos na tipologia recorrente do templo dórico grego. Pretendemos com isso atender a uma das propostas do programa de Wilson, formulada em sua conferência em Gênova em Junho de 2006, proposta fundamental segundo o autor para avançar o debate suscitado pela questão da consolidação dos processos de projeto levado a cabo pelos arquitetos gregos da antiguidade. (AU)