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Análise proteômica de tecido cardíaco de pacientes com endomiocardiofibrose

Processo: 10/04943-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de agosto de 2010
Vigência (Término): 30 de junho de 2012
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Celular
Pesquisador responsável:Edecio Cunha Neto
Beneficiário:Aline Siqueira Bossa
Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Espectrometria de massas   Proteômica   Eletroforese em gel bidimensional   Cardiomiopatias   Fibrose   Proteoma
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Analise Proteômica | Cardiomiopatia | eletroforese bidimensional | endomiocardiofibrose | espectrometria de massa | Fibrose | Proteoma

Resumo

A Endomiocardiofibrose (EMF) é uma cardiomiopatia restritiva idiopática de curso maligno, caracterizada pela deposição de tecido fibroso no endocárdio e em menor extensão no miocárdio, com ou sem calcificação, gerando disfunção diastólica e insuficiência cardíaca grave. A doença está presente em regiões tropicais e subtropicais do mundo, sendo endêmica na África Sub-Saariana e frequentemente é observada em crianças e jovens adultos. No Brasil, a patologia tem predileção pelo sexo feminino e geralmente acomete indivíduos na quarta década de vida. Há muitas teorias para explicar a etiologia, que incluem diversos fatores, como: infecções virais, parasitoses, auto-imunidade e deficiências nutricionais. A teoria mais aceita relaciona-se com infecções helmínticas e hipereosinofilia, uma vez que a eosinofilia é observada em aproximadamente 20% das biópsias de tecido cardíaco dos pacientes com EMF, sendo que as lesões morfológicas são semelhantes àquelas observadas na síndrome hipereosinofilica decorrente de helmintose. Além disso, áreas onde a EMF é endêmica também apresenta alta prevalência de parasitoses . A EMF tem início insidioso, seus sintomas são tardios e envolvem disfunções de câmaras e valvas específicas. Como não há fármacos específicos para tratamento, a principal alternativa consiste em ressecção cirúrgica da fibrose. Entretanto, os relatos de recidiva sugerem que esta intervenção é apenas paliativa. Além disto, a mortalidade cirúrgica é alta (15-20%) e a sobrevida dos pacientes submetidos a este tratamento é de apenas 50% em quatro anos. Estudos indicam que a EMF resulta de um processo inflamatório crônico que contribui para a fibrose do endocárdio e o dano cardíaco devido a causas provavelmente multifatoriais, porém desconhecidas. Se esclarecidos os papéis dos possíveis fatores indutores relacionados à EMF, poderíamos elucidar a patogênia da doença, além de sugerir novas medidas de tratamento para estes pacientes. Sendo assim, achamos de fundamental importância estudar quais são as proteínas expressas no tecido cardíaco de pacientes com EMF, visto que esta análise nos indica quais vias metabólicas estão alteradas, permitindo conhecer quais destas alterações contribuem para a instalação do processo fibroso na EMF e quais fatores poderiam estar relacionados à recidiva da fibrose quando comparada a pacientes sem recidiva.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
BOSSA, Aline Siqueira. Patogênese da endomiocardiofibrose: perfil imunológico e análise proteômica de tecido cardíaco. 2013. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD) São Paulo.

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