Efeitos do treinamento fisico sobre a via miostatina/folistatina e o trofismo de musculos esqueleticos de ratos espontaneamente hipertensos com insuficiencia cardiaca.

Resumo

A insuficiência cardíaca (IC) crônica caracteriza-se por redução da tolerância aos exercícios com ocorrência precoce de fadiga e dispnéia. Além de disfunção cardíaca e pulmonar, anormalidades intrínsicas da musculatura esquelética têm sido responsabilizadas pela intolerância aos esforços físicos. Recentemente, foi observado que a via miostatina/fòlistatina tem importante papel na manutenção do trofismo muscular. Estudos mostraram correlação negativa entre expressão da miostatina e massa muscular, o que sugere seu potencial para induzir atrofia da musculatura esquelética. Atualmente, considera-se que o exercício físico tem papel importante no tratamento da IC. Entretanto, ainda não são conhecidos os mecanismos pelos quais o exercício físico modula o trofismo muscular na IC. Os ratos espontaneamente hipertensos (SHR) constituem do modelo experimental muito utilizado para o estudo da IC. Estes animais apresentam, precocemente, hipertensão arterial e hipertrofia ventricular esquerda e, em idade avançada, IC. Neste trabalho testaremos a hipótese que a atrofia da musculatura esquelética está associada à alteração da via miostatina/folistatina e pode ser atenuada pelo treinamento físico prolongado. Os objetivos deste estudo são: 1) avaliar se a atrofia da musculatura esquelética de SHR com IC está associada à alteração da via miostatina/folistatina, e 2) determinar se o treinamento físico aeróbio atenua o processo de atrofia de músculos esqueléticos de SHR com IC. A partir de 16 meses de idade, os animais serão submetidos a protocolo de exercícios em esteira três dias por semana, durante quatro meses. Avaliação cardíaca será realizada no início e final do período experimental por ecocardiograma. A morfologia dos músculos sóleo e gastrocnêmio será avaliada em cortes histológicos. A expressão e quantificação da miostatina e folistatina serão avaliadas por PCR em tempo real e por Western blot, respectivamente. A análise estatística será realizada por ANOVA complementada com o teste de Tukey. (AU)