Avaliação da citotoxicidade, genotoxicidade, antigenotoxicidade e expressão dos genes Tp53 e Ephx2 em ratos tratados com Caryocar villosum

Resumo

Desde 1994 quando foi criado o Grupo de Pesquisa Interação Alimento-Medicamento cadastrado pelo CNPq, nosso objetivo é investigar os compostos bioativos da dieta na proteção dos efeitos adversos induzidos por quimioterápicos em modelos in vivo. Atualmente, colaboramos no projeto temático apoiado pela FAPESP "Avaliação integrada da estabilidade e propriedades funcionais de pigmentos naturais de alimentos", coordenado pela Profª. Drª. Adriana Zerlotti Mercadante da FEA-UNICAMP. Um dos objetivos do temático é a identificação de pigmentos e extratos de frutas da região Amazônica, além da investigação de suas propriedades biológicas, visando sua aplicação nas indústrias de alimentos, farmacêutica e de cosméticos. A dieta interfere em vias importantes de sinalização celular, como ativação/detoxificação de carcinógenos, reparo do DNA e apoptose. O papel da dieta como um fator chave na determinação da instabilidade genômica é mais importante do que anteriormente imaginava-se e, por isso, a avaliação do potencial genotóxico e antigenotóxico de componentes da dieta tornou-se um evento crítico importante na promoção da saúde. Caryocar villosum (Aubl.) Pers. (nome local: piquiá) é uma planta nativa da floresta Amazônica. A polpa dos frutos do piquiá é fonte rica em ²-caroteno, compostos fenólicos e flavonóides e possui uma alta atividade antioxidante. Devido à ausência de dados na literatura sobre a atividade biológica do extrato da fruta do piquiá, o presente estudo tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos do extrato do fruto da Caryocar villosum pela análise da instabilidade genômica (micronúcleos e cometa), alterações bioquímicas (glutationa e peroxidação lipídica) e expressão gênica (genes TP53 e EPHX2) em animais tratados com o extrato do fruto associado ou não ao quimioterápico doxorrubicina.