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O papel da religião em Gargantua (1534), de François Rabelais: referências e intertextos bíblicos e mitológicos

Processo: 09/03374-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de março de 2010
Vigência (Término): 30 de abril de 2012
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:Maria Lídia Lichtscheidl Maretti
Beneficiário:Meriele Miranda de Souza
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Assunto(s):Paródia   Renascimento   Religiões   Idade Média   Literatura francesa
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:François Rabelais | Gargantua | Idade Média | paródia | religião | Renascimento | literatura francesa

Resumo

A maioria dos estudos desenvolvidos acerca da obra de Rabelais a viam apenas sob seu aspecto cômico, ridicularizador e satírico, sem atentar para os assuntos de relevância social, política e religiosa nela tratados sob o viés do riso. A partir do século XX, no entanto, críticos como Abel Lefranc (1953), Bakhtin (1996) ou Erich Auerbach (1981) conseguiram ver na obra rabelaisiana algo mais do que o simples riso zombador, desvendando o aspecto crítico e até mesmo regenerador de suas imagens. Lefranc interpretou as formas de crítica e oposição à Igreja, vendo em Rabelais um exímio opositor ao Cristianismo, chegando a julgá-lo um acirrado militante ateu. Bakhtin, por sua vez, percebe aspecto regenerador de suas críticas, já que as imagens populares de Rabelais servem não só de oposição aos dogmas cristãos como também configuram uma nova forma de ver o mundo. Auerbach aponta o estilo mimético assim como plural e multifacetado de sua obra, herdado dos sermões das ordens mendicantes da Idade Média que foram retomados pelos humanistas como forma de oposição satírica à Igreja. Nesse sentido, considerando a relevância social e ideológica da obra rabelaisiana, neste trabalho propomo-nos a localizar e analisar os intertextos das fontes bíblicas e mitológicas em Gargantua, buscando sua significação e função crítico-ideológica tais como, por exemplo, na apropriação de excertos bíblicos como forma de paródia satírica às práticas cristãs e na recorrência às antigas fontes mitológicas como recurso estilístico e meio de oposição à visão centralizada da Igreja. (AU)

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