Bolsa 08/10869-6 - Asma, Inflamação - BV FAPESP
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Enterotoxinas estafilocócicas tipos A e B (SEA e SEB: Influência sobre a resposta pulmonar alérgica em camundongos e eosinófilos humanos.

Processo: 08/10869-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2013
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Geral
Pesquisador responsável:Edson Antunes
Beneficiário:Dalize Maria Squebola Cola
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Asma   Inflamação   Eosinófilos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Asma | eosinófilos | Sea | Seb | Inflamação

Resumo

Eosinófilos são células inflamatórias predominantemente encontradas nas vias aéreas de pacientes asmáticos e provavelmente contribuem para a patogênese da asma. A asma é uma condição patológica caracterizada por resposta inflamatória crônica das vias aéreas devido à liberação de mediadores inflamatórios provenientes de células como macrófagos alveolares, neutrófilos, mastócitos, linfócitos e eosinófilos. Estudos realizados em pacientes asmáticos e animais de experimentação têm demonstrado que o acúmulo seletivo de eosinófilos e sua ativação na mucosa brônquica são considerados eventos centrais desta doença. Vários fatores podem potencializar a resposta asmática, aumentando a inflamação eosinofílica, tais como infecções virais (rinovirus principalmente) e bactérias como (Chlamydia sp; Mycoplasma sp; Sthaphylococcus aureus). Sthaphylococcus aureus são frequentemente encontradas como parte da microflora da pele, trato respiratório e gastrointestinal de humanos; entretanto, no tecido colonizado, liberam as chamadas enterotoxinas estafilocócicas, proteínas responsáveis pela maioria das condições patológicas associadas a infecções por estes microorganismos, incluindo infecções pulmonares. Além disso, essas proteínas atuam como superantígenos; sendo assim, acredita-se que parte de suas ações seja devido a este efeito imunomodulador. Estudos clínicos têm relatado uma forte correlação entre a presença de anticorpos do tipo IgE para enterotoxinas estafilocócicas e exacerbação de doenças respiratórias, incluindo a asma brônquica, mas os mecanismos responsáveis por essa exacerbação nos indivíduos expostos às enterotoxinas ainda são pouco investigados. Trabalhos recentes do nosso grupo mostraram que as enterotoxinas estafilocócicas dos tipos A (SEA) e B (SEB) são capazes de induzir resposta inflamatória pulmonar caracterizada por influxo predominante de neutrófilos, que é máximo 4 h após exposição das vias aéreas a estas toxinas, sendo esta resposta mediada pela liberação de metabólitos da ciclooxigenase-2 (COX-2) e lipoxigenase, do óxido nítrico (NO), interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral ± (TNF±). Sendo assim, iniciamos, há cerca de dois anos, um projeto de pesquisa visando o esclarecimento dos mecanismos envolvidos na exacerbação da resposta pulmonar alérgica (com ênfase para infiltrado eosinofílico presente no lavado broncoalveolar) em ratos pré-expostos às enterotoxina A e B (SEA e SEB). Até o momento, nossos dados mostraram que ratos pré-expostos à SEA e desafiados com ovalbumina (OVA) apresentam exacerbação do influxo eosinofílico no lavado broncolaveolar e parênquima pulmonar 24 h após o desafio antigênico. A pré-exposição ao lipopolissacárideo (LPS), assim como a exposição à SEA após instalação do desafio alergênico não reproduz o quadro de exacerbação do influxo eosinofílico pulmonar (este projeto constitui a tese de mestrado, em sua fase final, da aluna Nadia S. Mariano; Bolsista Fapesp, Processo No. 2006/54104-8). Mais recentemente, repadronizamos este modelo de pré-exposição das vias respiratórias à SEA e desafio com OVA em camundongos, visto que esta espécie animal permite maiores possibilidades experimentais para o entendimento da interação SEA e desafio alergênico. De fato, camundongos pré-expostos a SEA apresentam um aumento significativo do influxo eosinofílico no lavado broncoalveolar após o desafio com OVA. A estratégia experimental de exposição a estafilotoxinas e desafio com OVA parece mimetizar condições clínicas de exacerbação da asma brônquica e, portanto, funcionar como um bom modelo para se explorar em maiores detalhes a natureza dessa interação. No presente projeto de doutorado pretendemos aprofundar os conhecimentos adquiridos acerca da natureza da exacerbação da inflamação pulmonar alérgica em camundongos, fornecendo subsídios para a compreensão da amplificação do quadro pulmonar alérgico em indivíduos expostos a bactérias gram-positivas, e eventualmente para uma melhor terapêutica.

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
SQUEBOLA-COLA, DALIZE M.; DE MELLO, GLAUCIA C.; ANHE, GABRIEL F.; CONDINO-NETO, ANTONIO; DESOUZA, IVANI A.; ANTUNES, EDSON. Staphylococcus aureus enterotoxins A and B inhibit human and mice eosinophil chemotaxis and adhesion in vitro. International Immunopharmacology, v. 23, n. 2, p. 664-671, . (08/10869-6)
Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
COLA, Dalize Maria Squebola. Enterotoxinas estafilocócicas dos tipos A e B (SEA e SEB): influência sobre a resposta inflamatória pulmonar alérgica em camundongos e eosinófilos humanos. 2013. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas Campinas, SP.

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